sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Contagem regressiva!

Está chegando a hora pessoal! Tempo de reflexões, planejamentos e muitas recordações. Pensamos em tudo que dissemos e nos foi dito; planejamos ou não nossas vidas naquele ano que começa; lembramos dos anos que nos marcaram e esperamos que a "nova vida" que começa nos guarde muitas surpresas, momentos inesquecíveis e ótimas recordações para lembramos nos anos seguintes. Esse ano, como em todos os outros, foi de superação para mim e, tenho certeza, para tantos outros que, como eu, lida com seus obstáculos todo dia. Sinto-me cada vez mais forte nos dia que passam e penso constantemente nas coisas que ja me disseram e digo para mim mesma que vencerei mais uma vez. Claro que, vez ou outra, ainda me sinto enclausurada, de alguma forma mas estou me empenhado para cada vez menos me sentir assim. Vamos gente, celebrar o que o novo ano nos reserva. FELIZ ANO NOVO!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

olhos nos olhos...

Adoro um olhar cativante! Acredito que bem "observados" podem ser bastante reveladores. Eles contam histórias, revelam "batalhas travadas por sobrevivência". Olhares indiscretos, desafiadores ou até mesmo ofensivos. Julgam no primeiro instante, olham de cima a baixo para em seguida "descer a lenha em cima da criatura escolhida". O que eu quero dizer com tudo isso, na verdade é muito simples, quer dizer, simples...para mim. Bem...quando alguém, do sexo oposto, e as do mesmo sexo também Rs, olhasse para mim, não gostaria que me vissem apenas como "pernas desgovernadas" ou "a desajeitada que anda como se tivesse bebido desde muito cedo pela manhã". O olhar pode machucar pessoal! Falo isso de carteirinha viu! Um olhar tem muito poder, gente! Um bom olhar pode ser devastador, tanto para o bem quanto para o mal. E não é só comigo que acontece não, tá! Acontece com bastante freqüência, com pessoas com qualquer tipo de deficiência. Sei que olhar, todo mundo olha, mas um pouco de respeito seria bom. Nos sentimos como se fôssemos algum tipo de monstro ou alienígena, sei lá. Tudo que peço é, me olhe, gostou?, tem curiosidade de saber como sou e como vivo, me pergunte, não tenha medo. Só não "trucida". Combinado? Rs.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cuidar, mimar. Um pouquinho não faz mal

Eu sempre tive quem cuidasse de mim quando preciso. Minha mãe, irmã (mesmo que não perceba). A distãncia dos meu avós amados também não impedem que, mesmo de longe, cuidem de mim. Depois de crescida, achei que poderia fazer isso também. Me preocupo com quem gosto, cuido, protejo, faço tudo o que estiver ao meu alcance para ver quem amo feliz. Seja quem for, amigos, namorado, familiares ou até, alguém que tenha passado pela minha vida e tenha sido muito significativo para mim. RS... Acho que é meu lado protetora que aflora. Bem, até hoje, acho que fiz o que pude. Acredito que seja gratificante. Me revigora saber que você pode contar com aquela pessoa, que ela vai fazer o seu melhor para te ver bem, feliz. É bom ser cuidado, pedir colo, dar colo. Se sentir carente só para ser "mimado" um pouquinho. É tão gostoso...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Todos os dias me vem uma milhão de coisas a mente. Pessoas que me cercam, que fazem e já fizeram parte da minha vida. Lugares onde passei e onde ainda vou passar. Momentos difíceis de esquecer ou que não queremos que sejam esquecidos. Penso nas tantas vezes que já reclamei da vida que tenho e, percebi que, seria sim mais fácil ficar me lamentando, colocando culpa de tudo que sinto e passo na minha deficiência. Me fazendo de vítima, como dizem. Mas me dizeram uma vez e, acredito ser verdade, que a lamúria é o caminho mais rápido para a infelicidade. Todos temos algo a reclamar, "botar para fora" o que sentimos, quando nos sentimos rejeitados, seja no presente ou no passado. E, por medo de uma nova decepção, pressentimos o nosso futuro como sendo assim também. Tudo bem, eu confesso, eu sou uma pessoa muito reclamona mas, qual é, quem não é, pelo menos um pouquinho! Não fazemos por querer, garanto. É que, temos medo, muito medo do que virá pela frente. Estava conversando com um conhecido meu sobre isso. Das pessoas que "perdemos" no caminho, que nos abandonaram sem sequer uma explicação. O fato é...as pessoas vão olhar, algumas não vão entender e outras vão até se afastar. Sentimos como se fôssemos completamente diferentes. Eu me sentia como se não tivesse direito a ter nenhum amigo. É complicado porque não dá para querer que alguém que esteja ao nosso lado saiba exatamente o que temos e como gostaríamos de ser tratados.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sonho. Sonhar, desejar, realizar. Sempre sonho com um lugar lindo. Tenho vontade de sair, encontrar um alguém muito especial para mim que, não inporta o quão longe estejamos um do outro, sempre estará em meu coração e nos meus pensamentos. Estive em Londres o ano passado durante as férias e, realizei um sonho recorrente que tinha. Reeincontrei um amigo, namorado de infãncia RS, que não via desde os meus sete anos. Foi uma alegria imensa, a cada vez que me aproximava do momento de poder vê-lo, minhas mãos tremiam, fiquei tão nervosa que nem consegui falar com ele direito. E olha que, dessa vez o Alex me viu andando bem melhor do que quando eramos criança. RS Sonho constantemente com o Alex, meu querido. Que, de surpresa, vinha ao Brasil me visitar. O conheci durante um tratamento que fazia na Hungria. Conheci a irmã dele também, Amanda. Ambos com a mesma deficiência que a minha. Desde então, sonhava com o dia em que nos encontrariamos de novo. No período em que fiz o tratamento, passei uma temporada com eles em sua casa no País de Gale. Adorei o tempo que fiquei por lá. Nós íamos para escola e voltavamos juntos, era uma festa! Em meus sonhos, sempre estou com eles. Mas sei que realizarei meu sonho novamente, afinal de contas, nem poderia imaginar que poderia encontrar o Alex na véspera do meu aniversário, ano passado. São duas pessoas que amo imensamente, Alex e Amanda vivem para sempre no meu coração. Sei que vou realizar esse e vários outros sonhos meus. Desejo bem bem forte estar com eles de novo. RS Ah, estou tão fliz! Porque depois de anos, não perdemos contato. Posso falar com eles por e-mail, MSN e, agora, com o SKYPE. Legaal né.:) Nossa, eu os amo demais. RS

terça-feira, 31 de agosto de 2010

capitulos de nossa história

Meu nome é Júlia de Souza Maia. Fiz 25 anos no começo de Agosto. Outro cápitulo a ser escrito. Mas, não é fácil escrever nossa história. Detalhes, momentos, sentimentos, lembranças. Coisas que julgávamos ter esquecido, mas que estão lá, quardados, esperando para ressurgir como uma explosão de idéias para serem postas numa folha em branco. Sentimentos que, muitas vezes nos provocam dor e sofrimento ao serem contados. Momentos e detalhes que prometemos deixar arquivado e quardados em algum lugar seguro para que ninguém possa ver. Mas, em algum momento, fazemos um balanço, por assim dizer, da nossa vida, de como a vivemos e de como queremos viver daqui para frente. Mas como fazer diferente? Será que queremos de verdade fazer tudo diferente do que fizemos antes? Fazemos perguntas a nós mesmos sobre nossas vidas, se fizemos tudo certo ou se temos que mudar. Perguntamos porque mudar, mudar o que, o que estamos fazendo de errado? Às vezes, parece que sentimos nosso mundo desmoronar aos nossos pés. Não sabemos o que fazer para não nos sentirmos tão... tão...sei lá. RS! Olha eu aqui, falando não sei o que, baseado não sei em que .Só sei que, muitas vezes me sinto tão desnorteada,(ufa! o que me conforta é saber que não sou só eu RS),precisando desabafar com alguém. Acho que é uma mistura de sentimentos inexplicáveis, que não consigo controlar nem dizer o porque. Parece que alguma coisa toma conta de mim sem que eu possa sair correndo, como é minha vontade, muitas vezes. Aff, já nem sei mais o que falar, como agir. Quero ter alguém com quem conversar ou simplesmente sair com alguém que me faça compania.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

palavras de um coração atormentado.

Querido, meu querido! Preciso que saiba como me matou. Não matou meu amor por você e sim, a vontade de estar ao seu lado. Fui morta mais uma vez. Me maltratou, foi grosseiro sem precisar ser e, até, para mim, foi por muitas vezes omisso, me sentia esquecida e sem importância. Claro que,nem sempre era assim. Muita confusão se alastrou dentro de você. Estava disposta a te entender, consolar quando necessário mas, isso você não pode esperar. Seu desespero foi maior, não soube agir com o que estava sentindo, seja lá o que tenha sido. Lamento dizer que vai continuar. Por diversas vezes não vai saber o que fazer, vai ficar cada vez mais difícil se controlar, não vai ser fácil e, acredite, não é, para ninguém. Por sorte que, vez ou outra, encontramos um alguém que se torna muito importante para nós, que se esforça para nos ajudar, mesmo quando não temos força ou coragem para pedir. Mas, também é preciso saber ajudar a si mesmo, encontrar forças não sei da onde para continuarmos. É complicado porque, as vezes parece que estamos no fundo do poço e precisamos que alguém nos puxe mas, adivinhem...esse alguém somos nós mesmos. Podemos até ter algum empurrãozinho, mas o trabalho é nosso. Não sei porque é tão difícil pedir ajudar, reconhecer que, pelo menos naquele momento, precisa de alguém para ficar ao seu lado, te ouvir, dar colo se preciso ou, simplesmente, estar com você. Companherismo, cumplicidade, amizade, amor. Dê-se uma chance, quantas puder mas, se permita uma nova chance para ver que o mundo não é tão ruim assim. As vezes, pode ser amedrontador sim mas,temos que enfrentar as coisas do jeito que der, mesmo que para isso tenhamos que, fazer das tripas coração.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eu entendo que todos dizem que eu sou guerreira, que sou uma vitoriosa e, todas essas coisas. Até gosto, de verdade, me sinto bem, valorizada. Mas, temo não suprir as expectativas que possam, por ventura,ser atribuídas a mim. Me sinto em uma casa onde só tenham paredes e espelhos, por todos os lados. Por onde olho, vejo paredes cada vez mais me encurralando, me espremendo. Um pouquinho a cada vez. Espelhos, que me mostram duas versões de mim mesma. E isso, me assusta. Posso estar sendo um pouco dramática, mas, é que...,na verdade, me sinto tão confusa que as vezes nem sei mais quem sou eu.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Estou fazendo tudo errado,não estou? as vezes, me olho no espelho e não me reconheço mais. Me pergunto: o que estou fazendo aqui, hoje? Em um dia, eu sou segura, apaixonada, que sabe o que quer. Em outro, parece que meu mundo está a ponto de desmoronar em cima de mim. Até parece que existem duas de mim. E, não sei quando uma entra em cena e a outra sai. As vezes penso em fugir daqui, de mim, dos outros...sei lá, me bate um desespero, uma insegurança. Faço besteira sem querer fazer em casa. Parece que estou explodindo e não consigo me controlar. Faço as coisas sem pensar, como se não fosse eu que estivesse ali. Depois, penso no que fiz, me bate uma tristeza, quero poder consertar tudo o que aconteceu. Tenho medo, me dá vontade de chorar, de gritar e pedir colo mas, me sinto bloqueada. Minha mãe, acho que tenho medo de que coloque muita expectativa em mim e eu não dar conta. Desculpa!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mais um dia se passa.Penso em tudo que me disseram e dizem. Procuro não me abalar com os comentários. Não vou dizer que não fico incomodada com o "falatório".Mas hoje, aliás, já a algum tempo, desisti de ficar me preocupando com isso. Tenho que, preciso viver!Eu estou tão feliz. Minha familia me ama, tenho amigos maravilhosos, (meio sumidos, é verdade, mas eu os adoro)Não quero que ninguém fique triste por mim. As vezes, o sofrimento é meio que inevitável mas, aprendemos com isso. c'est la vie

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ser ou não ser...

Sei quem sou, mas as vezes, me dá um desespero, sei lá. Até parece que perco um pouco da minha identidade.
As vezes, sinto que falta uma parte de mim, embora, seja muito feliz.
Confesso que é uma sensação um tanto quanto esquisita para mim. Do nada, me sinto estranha, falta um pedaço. É como se não fosse mais a minha vida que eu esteja vivendo...sei lá, acho que não sei mais o que estou falando RS.
Aff... Posso estar aqui falando um monte de bobagem mas, muitas vezes me sinto deslocada daqui, como se esse não fosse o meu lugar.
Muitas vezes, penso: Por que me colocaram aqui, com um bando de gente esquisita, muitas vezes, sem respeito pelos outros.
Já me perguntei também porque me abandonaram quando mais precisei. Por que me sinto tão só, mesmo quando tem gente tão bacana que gosta da gente?
Ainda bem que, não é sempre que me sinto assim.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dançando, dançando...

Segunda feira, comecei a fazer aulas de dança. Quer dizer, é um intensivo de dança de salão, que tem duração de duas semanas.
Estou gostando muito. Só piso um pouco no pé das pessoas mas...RS
Se pensasse como algumas pessoas da minha antiga escola, jamais pensaria em dançar. Mas, ainda bem que, apesar do que alguns dizem, eu posso isso e muito mais. RS
Me superando através da dança, da música, do teatro, (do amor também, é claro RS). Tudo posso e tudo poderei.
A dança me leva para longe de mim, dos problemas. Me acalma, relaxa.
É bom demais dançar!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sou eu mesma. Sempre fui e sempre serei. Menina, mulher. Às vezes menina, outras vezes mulher. Duas em uma, sempre a mesma.
Hoje, sou quem quero ser. Sem medo de tropeçar em minhas dificuldades. Me renovo a cada dia para enfrentar meus medos, angustias, enfim, os desafios de uma vida.
Lidar com os obstáculos que a vida nos impõe não é fácil, ainda mais para mim. Mas a bem da verdade é que nada é fácil, nada vem de graça. É a vida e, ela é para ser vivida assim: um obstáculo de cada vez. É a vitória que torna a vida mais prazerosa.
Meu nome é Júlia de Souza Maia e, todos os dias lido com os meus obstáculos, claro, sempre confiante que vou conseguir superá-los.
Por diversas vezes pensei em desistir, mas, percebi que não é melhor caminho. Preciso enfrentar a vida com todas as coisas boas e ruins que ela tem a me oferecer.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Momentos...

A vida é cheia de momentos inesquecíveis. Lugares, pessoas... Te fazem pensar no que realmente vale a pena. É repleta de surpresas também. Não sei bem como me expressar mas, tenho a sensação que algo maravilhoso vai acontecer. Não sei quando nem o porque, mas me sinto muito bem.Estou amando novamente. Eu sei que pode ser cedo demais, mas esse está sendo um daqueles momentos inesquecíveis, onde uma só pessoa faz muita diferença na sua vida. Posso estar sendo precipitada, não sei se vai durar ou não mas, é um momento muito bom e, espero, sinceramente, que vá para frente. Lugares...Cenários perfeitos para grandes momentos, acontecimentos que marcam sua vida. Pessoas altamente significativas, grandiosas.Isso tudo faz com que a vida valha muito a pena, o prazer de viver para estar com pessoas maravilhas e conhecer lugares extraordinários.AMO MINHA VIDA!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Para quem for ler esta postagem, pode não parecer mas, eu nunca fui uma pessoa que escreve maravilhosamente bem. Mas, pelo menos eu tento. RS.
Na verdade, eu acho que, sempre tive vergonha de mostras para as pessoas o que escrevo. Medo do que vão comentar ao ler, se vão achar muita frescura, piegas...não sei.
Nesse final de semana, estava na frente do computador, pensando em algo para escrever. Me expressar. Aí, saiu isso:

Mãos suadas. Coração palpita aceleradamente, parece que não cabe dentro do peito. Parece que te falta o ar.

Olhos nos olhos, encaixe perfeito de lábios e corpos simetricamente compatíveis

Dá um friozinho na barriga quando aquela pessoa te toca de um jeito tão especial. Um momento transcendental, de puro prazer.

Naquele momento, pertencem um ao outro, numa dança de corpos e almas, onde dois se tornam um só.

Os sentidos ficam mais aguçados. O calor e cheiro dos corpos se encontram. Olhos se comunicam entre si, dedos percorrem os corpos nus, as bocas se conectam.

Duas pessoas que se encontram e se comprometem, pelo menos naquele instante, em um sentimento indescritível e arrebatador.

Amigo, amor, amado, amante. Vários em um e, no entanto, o mesmo amor. Um amor que invade, chega até ser perturbador, mas, um amor imenso, intenso.

Beijo-te no silêncio de um quarto escuro. Entregamos-nos a um só desejo. Acariciando seu corpo trêmulo, beijo sua boca carnuda. Sinto sua respiração ofegante quando te tomo em meus braços.

Vejo-te dormir no aconchego do meu peito. Meus olhos te apreciam enquanto se encontra deitado terno no calor dos meus braços.

Um sentimento um tanto quanto difícil de decifrar, eu diria quase impossível. Desejos a flor da pele, um desejo que consome, devora.

Instinto... Não tem como fugir. Podemos tentar esconder, fingir que não queremos nos envolver.

Certo ou errado, eu quero você.

Como saber se você também me quer? Chega de mansinho, sem avisar, quando dou por mim, já estou “presa” a você.

Continuo escrevendo, criando...sempre.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

poesia! hum...

Esses dias, li um poema que me fez pensar no amor. Depois, vi um filme sobre o mesmo tema, "nunca é tarde para amar". Música. Tudo a ver comigo né. RS O amor está em mim.
Muitas pessoas se esquecem de que o amor é uma dádiva. As vezes, ele passa por nós e nem damos bola mas, ele está lá, sempre presente, pedindo para não ser esquecido.
"Nunca é tarde para amar" conta a história de uma mulher a beira dos 30 ou 40, com uma filha, que se apaixona por um cara mais novo.
Não sabia que era PROIBIDO gostar de alguém mais novo que você. Para mim, isso é besteira. Claro, se a pessoa em questão não for menor de idade. RS.
Mas o amor é tão sublime.
A poesia que li e, adorei, fala mais ou menos assim: Quero um beijo, um beijo sem fim. Que dure a vida inteira e aplaque meu desejo.
Os beijo são no amor o que os termômetros são nas extremidades. Sem ele não teria uma idéia da gravidade em seu estado.
Com um simples olhar, já desejaria estar em seus braços. Com um simples gesto, desejaria ser sua pela eternidade.
Uma noite, (pode ser dia também RS) só te peço uma noite para que você possa ver e ter certeza do meu amor por você.
No instante em que seu olhar encontra o meu, sinto como se o tempo parasse e só existisse você e eu.
Gostaram? Eu, sim.RS!
Ah! Mais uma coisinha básica. é preciso ter química para dar certo viu.RS

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Amigos, família e pessoas queridas!

Eu adoro reuniões de família. Mesmo os que estão longe de mim. Apesar de todos os problemas, brigas e confusões, eu sou completamente apaixonada por essa minha família. Há duas pessoas em especial que fazem parte fundamental da minha história, além da minha mãe é claro, meus avós!
Tem meus amigos queridos que eu amo de paixão. Os antigos e os novos também. RS Conheci pessoas maravilhosas, amigos que se tornaram muito importante na minha vida.
Eu acho que...todas as pessoas tem alguma coisa a acrescentar em nossas vidas, nem que seja por um breve momento, uma troca de olhares ou, uma simples conversa.
Pessoas vão e vem. Mas algumas se tornam tão importantes que podem ajudar a construir um pouco da nossa história.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cartas...

O coração é uma coisa engraçada né. Sempre pregando peças na gente. Gostamos de quem não gosta da gente. E quem gosta, muitas vezes, não queremos. Tem também aquela pessoa que insistimos em gostar enquanto todos dizem que é errado, que a pessoa que escolhemos para gostar não presta.

Eu precisava tanto de você!

Contar meus medos, angustias. Poder chorar no seu colo enquanto passa os dedos por entre os meus cabelos. Quando estou em seus braços sinto-me protegida, o tempo para e todos os meus problemas parecem desaparecer por um único instante.

Seus beijos me acalentam.

Viver a dois significa estar ali para o outro em todos os momentos, sejam bons ou ruins. É uma relação de entrega mútua, onde se existe um amor verdadeiro, um se sacrifica pelo outro. Uma relação depende de duas pessoas para sobreviver. A partir do momento em que só uma se esforça para manter a relação de pé, ela acaba morrendo.

Quero ser amada, me sentir amada. Quero um homem que me ame e não tenha vergonha de sentir, de dizer “TE AMO”!

Que fique comigo e não me abandone quando eu mais precise. Apóie-me, fique ao meu lado. Que saiba enfrentar comigo todo tipo de preconceito que, eu sei que ainda vai acontecer muito na minha vida.

Não ter vergonha de me apresentar a alguém por causa do meu jeito. Que, se possível me entenda e me respeite.

Quero um amor que seja gentil, fale palavras românticas ao pé do ouvido. Que me ame com a mesma intensidade de uma noite de verão com o vento soprando no rosto e sussurrando seu nome.

A verdade é que, quero o que toda mulher quer. Será que isso é crime?

Se a pessoa amada te deixou, não significa necessariamente que ela deixou de te amar. Só é um “novo amor”, um estágio diferente. O sentimento fica guardadinho dentro do peito, mas é como se fosse num outro compartimento.

O que não vale é não mais se permitir amar e ser amado.

Vai doer, vai machucar mais vai passar. Foi bom com você e, por mais que doa dizer, nosso tempo acabou, tinha que acabar e, agora assim como foi bom para mim, vai ser bom para outra pessoa.

Preciso me conformar que tudo acabou. É como se eu estivesse em um sonho ruim e a qualquer momento fosse acordar, ver você e então você me diria que tudo dará certo e seriamos muito felizes juntos.

Quem nunca teve desilusão amorosa que atire a primeira pedra. Não existe exceção para essa regra e todos um dia passarão por isso.

Uma grande amizade pode gerar um sentimento tão intenso e sem fronteiras. E quando não se é correspondido? Sofrimento, lágrimas, refúgio.

Refúgio... É essa a palavra. A pessoa que ama e não é correspondido se refugia dos amigos, família, e, em casos muito extremos, da própria vida.

Não existe remédio (pelo menos até hoje) para curar a dor de uma rejeição ou de uma separação. Algumas pessoas dizem que para curar um amor antigo não correspondido ou perdido, só arranjando um novo amor, agora só falta a comprovação científica.

E se escolhêssemos por quem nos apaixonar? Quem sabe o sofrimento seria menor. Mas se fosse assim, acho que não aprenderíamos nada e perderia toda a emoção.

É... Que bom que a vida não é assim!

Continuaremos nossas vidas, com vários amores, sofrimentos, rejeições e separações. Enquanto não encontramos a pessoa certa, vários outros passam por nós. E no dia que encontrarmos quem sabe seremos mais felizes. Resta-nos esperar.

No que minha vida se difere da sua? Além do fato de eu te amar e você não mais me amar?

Assim como você e todas as pessoas que nos cercam, também tenho minhas frustrações, passo por pressões da família, dos amigos e, às vezes, até de mim mesma.

Estou frustrada! Frustrada porque te amar me faz mal e ao mesmo tempo me faz bem.

Bem, porque quando estou com você me sinto segura, protegida de tudo e de todos, podia contar com você não só como namorado, também como amigo. Você me entendia, que podia ficar horas a fio conversando sobre meus dilemas e você sempre me consolava, me apoiava.

E mal, porque quando ia embora, rezava para você voltar logo e sabia que quando chegasse iria me abraçar tão forte que esqueceria tudo que passei enquanto estivesse longe. Contava cada minuto para você chegar, cada minuto com você era precioso. Sentia-me só, sem ter com quem conversar, sem ter alguém que me entendesse.

Você não sabe o quanto eu precisei de você!

Mas, apesar de tudo, eu fui muito feliz, pois eu sabia que quando desse, você voltaria para mim.

Ninguém manda no coração. Ele é livre para escolher quem amar.

Mas quando temos uma grande decepção, dessas de ferir profundo o coração, nos sentimos incapazes de nos entregar a um novo amor.

Sou uma pessoa amante do amor. Em minha opinião, quem ama e é amada, vive uma vida cheia de esperança porque sempre, uma hora ou outra, encontrará o seu amor, não importa a quão longe você e seu amor estejam um do outro.

Em uma relação que não deu certo, é fácil tentarmos achar um culpado ou colocar a culpa em alguém. O difícil é perceber que, às vezes, não existem culpados e que simplesmente não deu mais certo.

É difícil se desligar da pessoa amada, mas também não dá para ficar em um relacionamento que se percebe claramente que não dá mais certo.

A dor de uma separação pode ser muito dolorosa, desastrosa até, como se te arrancassem de seu corpo.

Separação por horas dói, por dias também, que dirá quando a separação por tempo indeterminado é inevitável.

Existe o tipo de separação em que a pessoa não aceita que acabou. Aí, fica muito mais difícil se recuperar.

Fiquei assustada quando vi que meu “romance” tinha dado certo. Nunca tinha me sentido tão segura e protegida. Ele não se importava com minhas diferenças, porque afinal, diferente todos somos, não me tratava com indiferença.

Estar com a pessoa que você ama só por estar, mesmo que não haja conversa, só porque se sente bem ao lado da pessoa amada, isso é um momento único, um sublime momento de prazer e satisfação, um momento particularmente seu e de seu amado (a) e de mais ninguém. Portanto, não deixe que nada nem ninguém atrapalhem esse momento de vocês.

Só um olhar, um gesto. Não precisa nem de palavras, às vezes, quando o sentimento que os une é verdadeiro, ele se manifesta sozinho, de um modo mágico e avassalador.

Não direi que não sinto sua falta mais sei que terei boas lembranças do tempo em que passamos juntos.

Mas, acredito que ninguém nasceu para viver sozinho. Em algum lugar, em algum cantinho, existe alguém para você. Enquanto não achamos... RS.

O que posso fazer, sou uma romântica incurável. RS

terça-feira, 25 de maio de 2010

Aniversário...

Ontem foi aniversário da minha mãe. Oba! Gente em casa!
Arrumei a casa, coloquei flores nas mesas, para dar um ar mais descontraido e ao mesmo tempo aconhegante. Pelo menos, para mim, que fiz tudo, era para ser assim né. RS
Mamãe adorou, me elogiou e disse que foi mais do que ela esperava. Fico contente quando posso fazer uma coisa bem feita.
Depois, até brinquei: "olha, quem quiser me contratar para arrumar para algum evento, faço um preço bem camarada". RS!
Eu gosto quando me sinto útil, quando ficam contente com o resultado de algo feito com carinho.

domingo, 23 de maio de 2010

Sem noção...eu?!

Já dizeram que sou uma pessoa bastante peculiar. Outras dizem que não tenho noção de nada. Há quem diga também que não tenho senso do ridículo.
Eu me considero uma pessoa...hum...com valores e pensamento diferentes. Procuro ver a vida de outros ângulos, diferentes possibilidades.
Não sou uma pessoa culta nem possuo um extenso vocabulário de frases ou palavras sofisticadas. Eu sou...eu, ora bolas. Uma pessoa... puxa, é difícil descrever a si mesmo né. RS
Sei me portar diante da "alta sociedade", eu acho. RS. Tenho uma espécie de radar, não sei, do que acho ser certo ou errado para mim. Tenho minha própria maneira de pensar a vida.
Olha, vou ser bem sincera, isso pode incomodar um pouco algumas pessoas, mas também, acho que não adianta nada tentar impor um jeito, digamos, "adequado" para ser. (o que acham ser adequado). Acho muito válida as sugestões que me dão.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Álbum de formatura...saindo!

Ontem a noite,veio aqui em casa a fotografa que cobriu a nossa formatura. Ela trouxe as fotos para eu dar um ok e mandar para a gráfica, fazer o álbum.
Gente, to tão feliz! Finalmente consegui concluir a minha faculdade de artes como eu sempre quis.
Valeu a pena todos os tombos que eu levei nas apresentações na facu. RS
Confesso que fiquei um pouco nervosa, tava com medo de lavar um dos meus famosos tombos RS, mas dessa vez, na frente de todo mundo.
Ainda bem que deu tudo certo né! Ufa, mais uma etapa cumprida!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Garotos da minha vida... CETEFE

Tem uma galera nova que eu estou adorando conhecer. Eles são muito bacanas. Me sinto muito bem ao lado deles sabe.
Posso dizer que me sinto como se estivesse numa continuação da minha casa, estranho né...RS! Mas é verdade.
Um deles, se intitualam "os aleijados". Particularmente, acho muito ofensivo mas, parece que eles não estão ligando muito para isso. O que eu acho engraçadissimo! RS
É...acho que encontrei um lugar onde não importa qual é sua condição física, e sim, seu alto astral, que, pelo que me parece lá, é o que não pode faltar.
Espero que os rapazes estejam gostando da minha presença lá. RS
Adoroooooooooooooooooooooooooooooooooo!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Natação...recomecei!

Ontem foi minha primeira aula de natação, depois de algum tempo parada. Nossa...nunca pensei que eu estivesse tão fora de forma assim RS.! Mas ainda chego lá. Minhas aulas são segunda e quarta feira de manhã.
É ótimo poder voltar a nadar, desenferrujar né...RS.
Quero estar logo em forma de novo. Eu até que nado bem sabe. Quer dizer, para quem nada desde os dois anos de idade, eu não faço feio.
O único senão dessa história é, que eu nado de manhã e, sinto um pouco de frio. Mas, depois posso ir para casa tomar um chocolate quente né.
Aí, de tarde, o Pedro, um Amigo do cetefe, vem me buscar aqui em casa para assistir o treino de futebol dos rapazes de lá. Eu me divirto muito. Eles são muito legais, todos, sem exceção.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

RECOMEÇO!

A partir dessa segunda-feira, volto a fazer natação. Estou tão feliz!
A natação me ajudou muito, no meu equilíbrio. Além do mais, é uma delícia estar na água. Eu adoro a sensação de estar flutuando, seu corpo fica mais leve. Nadar me acalma.
Vai ser como se eu estivesse recomeçando uma fase da minha vida que tive que adiar por algum tempo.
Não é só a natação que me acalma, a dança também. Mas como não posso fazer tudo de uma vez só né. RS
Vou fazer um recomeço para mim, vou tentar ficar mais calma, RS. E, quando nado, parece que tudo de ruim ficou lá fora. É um dos meus momentos onde eu posso ser eu. RS.
Aliás, no cetefe, que é onde vou fazer aula, posso ser eu mesma, me sinto muito bem lá. O pessoal de lá é muito bacana sabe!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Medo...

Tento ser forte por mim e, acima de tudo, por minha família. Tenho medo de decepcioná-los, medo de não ser forte o bastante.
Não digo força no sentido físico, mas sim no emocional.
Acho que, desde que"descobri" minha deficiência (essa palavra não tenho mais medo de falar), tenho feito de tudo ou, quase tudo, para encontrar forças para lidar com tudo isso.
Sempre que caio, tropeço ou algum outro obstáculo que encontro na minha frente, xingo, fico chateada. Mas é o jeito que tenho para extravasar. Eu não posso ser de outro jeito que não seja esse. Minha mãe não entende e briga comigo. E olha que eu tento com todas as forças entender o lado dela viu.
Um dos meu maiores medos é de não ter ninguém para desabafar, conversar sobre o que sinto. Sinto medo como qualquer outra pessoa. Mas, principalmente tenho medo de me tornar um peso para os outros, de não conseguir dar conta de fazer algumas coisas. Medo de ser inutíl.
Não pretendo me fazer de coitada, aliás, isso é que não sou e nunca fui e não é agora que vou ser né. Mas, meus medos e angustias estão muito presentes em minha vida, tudo que faço.
Eu sei que minha família me ama mas, é como eu me sinto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

SAUDADE...

Quando somos crianças, tudo parece ser tão mais fácil né? Minha mãe fazia tudo por mim, o que eu não podia ou não dava conta de fazer.
Mas aí, eu inventei de crescer e hoje, tento tomar conta de mim mesma. Mas as vezes dá uma vontade de correr para o colo da mamãe, chorar nossas pitangas quando estamos com algum problema.
E...dá saudade daquele tempo onde não tinhamos preocupações nenhuma e podíamos contar com o colo das mães. Sinto saudade de poder chorar sempre no colo dela quando alguma coisa me chateava, quando os meninos da escola pegavam no meu pé e, também quando eu gostava de algum garoto e ele não me dava bola ou não me levava a sério.
Hoje, como eu tive que crescer RS, sinto falta das brincadeiras, festas de família, de pessoas que passaram pela minha vida. Das histórias que me faziam rir.
Hoje, ouço histórias da minha família, vejo álbuns de fotos, choro da falta que me faz ou fez, já não sei mais, de um homem que eu quis muito que fizesse parte da minha vida. Das festas que não participei, de coisas que não podia e queria poder fazer. Etc.
Tem horas em que eu muita sinto falta...de compania. De um grande amor talvez, de alguém com quem eu possa, ou melhor, consiga, dividir minhas alegrias e tristezas do dia a dia. Alguém com quem eu possa ser quem eu quero ser, sem tem sempre aquela cobrança que existe quando a gente se torna adulto.
Crescer é bom mas, sinto falta das coisas que eu podia fazer sem ter que me preocupar, muito, com as conseqüências.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

MINHA PAIXÃO...

Eu adoro dançar. A dança é um momento só meu, onde posso me "libertar", sentir meu corpo, minhas possibilidades. Tudo bem que nem sempre posso dançar como gostaria.
As vezes sonho que estou dançando num lindo vestido e usando salto alto, que é uma coisa que não posso usar. Quando estou dançando sozinha no meu quarto e fecho os olhos, é como se não tivesse deficiência nenhuma, não tenho medo de cair nem de machucar ninguém.
Quando comprei meu vestido de formatura pensei, vai ser o máximo sair com essa roupa e dançar como eu havia feito no meu sonho. Só que em vez de ser preto, era vermelho, RS. Mas tudo bem.
Eu sei que tem coisas que eu não posso nem poderei fazer, mas como não posso realizá-los na vida real...
É um momento mágico para mim, esqueço por um segundo que lá fora tem gente que fala o tempo todo: Júlia, você não tem condições de fazer isso ou, você pode se machucar com aquilo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Escolhas que fiz na vida!

Não escolhi nascer assim e, até alguns anos atrás, sempre me perguntava o porque. Mas depois, comecei a reparar como algumas pessoas olhavam para mim e comentavam, fazendo muitas vezes comentários grosseiros. Decidir que a partir da li eu não ia mais me importar com o que dizem de mim. Claro que incomoda, mas o que posso fazer.
Já chegaram para mim e falaram que eu estava bêbada, doidona, etc. já disseram tanta coisa... Já aconteceu até quando eu estava junto com um pessoal que também é deficiente e, meus colegas da escola me perguntaram o que estava fazendo com esse pessoal "doido" (foi o termo que eles usaram) Eu respondi, educadamente, que fazia parte daquele grupo. E ainda completei, se não quiserem mais andar comigo na escola, eu entendo, aliás, não entendo não, porque esses "doidinhos" como vocês falam são pessoas como qualquer um de vocês e merecem nosso respeito.
Eu escolhi não ser um dos colegas, que só porque vêem pessoas diferente deles, acham que podem sair por aí humilhando e agredindo. Escolhi o respeito as diferenças, escolhi a não viver com medo de sair de casa por causa de pessoas que se acham no direito de fazer essas PALHAÇADAS de muito mau gosto com os outros.
Hoje, não ligo, nem dou atenção a quem me chama das coisas que me chamavam antes. Não importa.
Mas outras pessoas como eu, infelizmente ainda não descobriu a sua própria força (sem ser bruta) para fazer com que esses comentários se tornem só uma voz insignificante.
Tenho orgulho de ser como sou e, não tenho medo de dizer, como nós dizemos no teatro, antes de entrar no palco, EU DOU O QUE SOU E JÁ DESFRUTO DISSO!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Turbilhão de pensamentos...

Às vezes nem eu mesma sei como me sinto. Tantos sentimentos confusos, pensamentos que parecem se perder em uma tempestade de emoções.

Meus dias sempre foram "apaixonados". Fui, sou e sempre serei uma mulher apaixonada. Apaixonada pela vida, pelos meus amigos queridos, minha familia complicada RS (mas qual não é)! E quem sabe, apaixonada por um grande amor...E, acima de tudo...o amor, todas as formas de amar.

Um amor sem restrições, sem preconceito, seja de que tipo for, amor que protege mas que não sufoque, que seja sincero, gentil.

Hoje, dou muito valor à vida que tenho (mesmo que às vezes não parece, pois sou muito reclamona). Mas sempre que estou em casa sozinha, penso nas coisas que queria ter feito e não fiz, falado e não falei. Coisas que fazem com que você reflita sobre você mesma, sobre sua vida, etc. Sou incondicionalmente amante do amor. Isso é o valor mais precioso da minha vida.

Tenho minhas frustrações também, por isso escrevo, penso, reflito. Pensamentos que às vezes não me deixam em paz, que parecem me consumir de uma forma que não sei explicar. Pensamentos bom ou ruins.

É, acho que preciso me tratar, de alguma forma.. Não sei se sou normal, ou só confusa mesmo!RS

sábado, 1 de maio de 2010

Visitante do passado...

Na sexta feira, dia 30 de Abril, recebi uma agradável visita de uma amiga que me conheceu enquanto fazia meu tratamento na Hungria.
Sua visita fez recordar meu tempo de criança, lembrando-me das constantes "operações de guerra" para fazer a mulher que eu sou hoje. RS
A fase de tratamento não foi fácil mas, sei que, apesar de toda as minhas reclamações, valeu a pena e vale a cada aprovação que passo, provando, acima de tudo, para mim mesmo, que sou capaz.
Listamos alguns lugares para levarmos nossa amiga Ute, que nunca havia estado aqui em Brasilia. Levamos-na para ver o hotel Blue Tree (que não se chama mais assim). Depois de tomar aquele café bem brasileiro, fomos em direção a ermida Dom Bosco (o calor tava de matar gente)! Em seguida, fomos a catedral (mamãe fez questão).
Para o almoço, mamãe quis apresentá-la a Oca, comida bem brasileira, arroz feijão, frango e, é claro (Ute pediu), caipirinha!
Para encerrar a tarde, tomamos mais um café (a pedido de nossa amiga), e depois, fomos tomar sorvete no Saborella ( na minha opinião melhor sorvete da cidade).
Levamos Ute para o aeroporto hoje a tardinha, dia 01 de Maio. Ela faz parte de uma orquestra e vai se apresentar amanhã no Rio de Janeiro.
Adorei a visita dela, me lembrei um pouquinho da infância. Foi ótimo!
A noite minhas primas e minha tia vieram lanchar aqui em casa e minha priminha resolveu dormir aqui comigo porque ela é fofa e eu amo ela!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Por que?...

Ser quem sou é difícil para algumas pessoas entenderem. Não estou pedindo que me entendam, só que me aceitem do jeito que sou. Será que é pedir muito? E porque as pessoas se importantam tanto com o que os outros falam ou pensam? Não devemos nada a ninguém. Acho que nos preocupamos demais com o que pensam e falam da gente que esquecemos de nós mesmos. Esquecemos de viver, viver para nós mesmos. Vivemos preocupados com o julgamento das pessoas ao nosso redor. O que esperam de mim? Que eu seja algo que não sou para não incomodar? Será que ser que eu sou incomoda tanto assim? Estou cansada de tanta cobrança, exigências e broncas. Dá vontade de mandar todo mundo pra aquele lugar e falar "ME DEIXEM EM PAZ"! Me irrita tanto quando alguém diz "você devia ser assim", ou "você tinha que aprender com ela". Porra! Eu sou assim. Pronto. Não importa o que falem ou pensem de mim, não estou nem aí. Acho que sou assim...meio alienada, como dizem, desinteressada das coisas, para fugir de mim, dos outros...sei lá. Às vezes penso que possa ser até para preservar minha sanidade. Louco né?! RS Sou constantemente lembrada das minhas limitações. Como se pudesse esquecer, eu nasci assim! Tenho que lidar com isso todo dia, a cada instante.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Espaço para todos!

Hoje fui fazer um teste para saber se posso voltar a nadar. Mas estou meio fora de forma, por tanto tempo sem aulas Rs!
Uma colega da minha mãe disse que tem um lugar que trabalha com pessoas portadoras de deficiência. Achei muito legal!
Me senti muito bem lá, porque as pessoas não ficam reclamando de suas limitações. Me parece que elas são muito bem resolvidas com relação a isso.
Esse fato me fez pensar que não tenho muito que reclamar, nem ter pena de mim, como muitas vezes tive.
O fato é que, somos como somos e a partir de nossas limitações, vamos descobrindo ou, redescobrindo, o que somos capazes de fazer.
Posso demorar um pouco mas, com o tempo vou recuperar minha antiga forma.Rs! Só vou ter alguns probleminhas com as minhas pernas, nunca fui muito boa em nadar batendo as pernas e os braços, tenho mais força nos braços. RS

terça-feira, 27 de abril de 2010

Trajetória!

Quando eu tinha oito meses, tive um princípio de pneumonia. Meu avô aproveitou o ensejo e marcou avaliações com um pediatra da clínica Dr. Reinaldo de Lamare, autor do livro “A Vida do Bebê”, e com um geneticista. O geneticista, após acurado exame, concluiu que eu não apresentava indícios de doença genética. O pediatra, no entanto nos encaminhou a um neurologista, e este, por sua vez, nos enviou a uma fisiatra. A partir daí, comecei a fazer exercícios de estimulação no Hospital de Medicina do Aparelho Locomotor Sarah que, originalmente se chamava Sarah Kubitschek.

Apesar de tantos exames sofisticados, não descobriram a causa do meu atraso motor. O máximo que conseguiram foi um nome para minha deficiência: A-T-A-X-I-A congênita de causa indeterminada. Pomposo não é?

Mas minha mãe é muito determinada.

Eu não engatinhava, mal levantava a cabeça. Não sabia ainda o que era felicidade, mas era muito, muito amada, e, talvez por isso, vivia rindo.

Mas quando eu tinha quatro anos, no final de 1989, quando passávamos as férias na casa de meus avós no sul de Santa Catarina,, minha mãe recebeu uma carta de meu tio Walter, que fazia um curso de mestrado na Inglaterra. Carta essa que mudou o curso da minha vida. Ele mandou um recorte do jornal “The Times”, sobre um instituto médico que havia na Hungria, o qual tratava de deficiências motores.

Quando voltamos a Brasília, mamãe entrou em contato com a embaixada da Hungria e conseguiu o endereço do Instituto Petö. Ela escreveu para lá...,, e, assim, a partir de Setembro de 1990, passamos os dois anos seguintes em constante viagens para a Hungria. Precisávamos pegar três aviões para chegar lá, sempre procurando o roteiro mais barato. Ora íamos via Alemanha, ou via Holanda.

Fomos cinco vezes à Hungria. Cada vez, ficávamos de três a quatro meses por lá e mais ou menos dois meses aqui, batalhando para voltar. Eu progredi muito. No Instituto, onde utilizavam uma técnica chamada Educação Condutiva, que busca treinar o deficiente para as atividades da vida diária, isto é, para ser independente, havia criança, e adultos do mudo inteiro e mais dois brasileiros, a Anna e o Henrique.

Meu grupo era muito pequeno em relação ao total dos pacientes, pois a ataxia é relativamente rara.

Voltei de vez para o Brasil em dezembro de 1992, com Sete anos.

Fiz amigos, visitamos várias cidades da Hungria.

Voltei andando, ainda com dificuldade e, passei a me dedicar à parte cognitiva (estudo), sem me descuidar (muito) da parte motora: fiz natação e equoterapia. Também já fiz teatro e biodança.

Sempre me senti rejeitada de alguma forma, deslocada, como se não fosse esse o meu lugar. Nunca entendia porque as pessoas me olhavam na rua de um jeito estranho, como se eu tivesse uma doença contagiosa ou coisa assim.

Nem sempre tive a oportunidade, ou melhor, a coragem, de dizer tudo o que sinto tudo o que penso, por medo de ser novamente julgada, e até de ser humilhada

Se falar tudo que sinto parece que eu estou me fazendo de vítima, ma olha gente, ainda dói. E como dói! Por mais que eu tente superar, não consigo, estou sempre ouvindo comentários sobre mim. Com quem saio que não posso sair, namorar ninguém por causar repugnância ou pena. Tudo isso ainda dói...

Nunca quis que sentissem pena de mim, só quero ser respeitada.

Quando era pequena, me questionava porque tinha nascido assim, diferente das outras pessoas.

O que as pessoas deveriam entender é que as diferenças existem e sempre estarão em todos os lugares.

Ser diferente não significa ser incapaz, só que isso implica em ter algumas limitações a mais do que os outros. Mas pensando bem, todos temos algumas limitações. Tive momentos em que pensei em desistir.

Sempre que chegava a uma escola nova, tinha medo de ser rejeitada por algum colega, o que acabava acontecendo só pelo fato de ter nascido um pouco diferentes dos outros.

Sempre que eu tentava me enturmar, todos me excluíam das rodinhas que se formavam na sala de aula. Sentia-me angustiada, frustrada, não entendia por que aquelas pessoas de quem eu tentava tanto me tornar amiga, me evitavam; olhavam-me torto. E eu vivia me perguntando: por que meu Deus, por quê? Eu não sabia o que fazer. Na hora do intervalo eu ficava num canto da sala torcendo para alguém ter coragem de falar comigo. Via as outras crianças brincarem e esperava por um dia que eu pudesse brincar também.

Alguns dos meus professores não sabiam como me tratar e acabavam me deixando de fora das atividades.

Um dia, cheguei em casa e perguntei à minha mãe por que, na escola, haviam me chamado de aleijada. Minha mãe disse que meus colegas me chamavam assim porque tinha dificuldade em caminhar e que aleijado era um termo pejorativo para definir minha condição e que talvez algumas pessoas pudessem continuar a me chamar assim.

Demorou um pouco para que alguém falasse comigo. Só aí perceberam que a minha deficiência motora não me incapacitava de conversar; enfim, de ter uma vida normal, mesmo com algumas limitações, mas uma vida cheia de alegrias e descobertas. E cada vez mais descubro algo sobre mim.

O teatro, que é minha paixão desde pequenina, me ajudou a descobrir meu espaço, até onde eu poderia ir, quando parar, enfim, me ajudou a me descobri. Descobrir que apesar das minhas limitações eu posso fazer parte de uma vida em cima dos palcos. Posso me tornar quem quiser, sempre tendo consciência das minhas limitações.

Qualquer pessoa, seja ela deficiente ou não, vai encontrar alguma dificuldade no que exerce. Há vários tipos de limitações. De nascença ou acidente, e, para isso são feitas adaptações a fim de poderem ser inseridos nas atividades.

Para o teatro, para o palco e para a vida, são necessárias pequenas modificações no cotidiano dessas pessoas. No teatro existem exercícios voltados para o corpo, e alguns movimentos devem ser muito cuidadosos para não “danificar” nada.

Queremos e merecemos respeito!

Quando nos deparamos com algo ou alguém diferente, tendemos a nos afastar e muitas vezes julgamos sem saber suas reais condições.

Ninguém está isento de um gesto ou uma palavra preconceituosa. O que as pessoas, e até alguns pais, em primeiro lugar, precisam saber que a discriminação e a prática preconceituosa são hábitos asquerosos e que ninguém merece ser julgado com “ser incapacitado para realizar qualquer atividade” cotidiana.

Deficiência não é doença nem alguma coisa contagiosa, só limitações diferentes a de uma pessoa “normal”.

Quando vemos uma pessoa com dificuldades na rua ou até mesmo na escola, olhamos, isso é fato. É do ser humano olhar o diferente. Mas é esse olhar que machuca, incomoda, mas, ao mesmo tempo, não podemos exigir que saibam o que temos, a explicação pelo fato de nos olharem tanto.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Experiências

Experiências de vida? Não sei se as tenho. Mas sei que a maior experiência da minha vida é a descoberta diária de quem sou.
Minha história não é a mais fascinante nem a mais brilhante do mundo. Mas é minha! E, agora eu posso escrever as futuras páginas dessa história. Nela, como em todas as histórias, há alegrias e tristezas, encontros e desencontros, amor e ódio.
Mas também tem um fator, que, para mim, a torna muito especial: SUPERAÇÃO!
Todos os dias, nos deparamos com algo a ser superado: nossos medos, angustias, dificuldades e até, nossos próprios limites. Sou portadora de deficiência e lido com esse fato da minha vida todos os dias e, essa tem sido minha superação dia após dia.
Confesso que as vezes me dá vontade de desistir, jogar tudo para o alto. Mas aí, olho para trás, para tudo que fiz para chegar onde estou e, me pergunto se vale a pena.
Minha vida está longe de ser perfeita mas, que vida é?

domingo, 25 de abril de 2010

Fragmentos de Mim

Fiz um trabalho alguns anos atrás e, apesar de algumas dificuldades que encontrei em meus caminhos. apresentei o monólogo a seguir na Faculdade de Artes Dulcina de Morais, onde me formei. Gostaria de compartilhá-lo com todos vocês, meus futuros leitores. RS
Começa mais ou menos assim:

Olá, meu nome é Júlia, tenho 23 anos e vou compartilhar com vocês um pouco de minhas histórias.

Desde criança tive que superar limites, pois muito cedo descobri que os meus eram maiores do que os das outras pessoas. Minha mãe sempre me disse que justamente por isso eu preciso me empenhar mais do que os outros. Que saco! Eu fico puta com isso! Mas no fundo sei que é verdade.

O que eu mais gostava de fazer quando eu era criança era brincar de carrinho e de queda de braço. Na queda de braço, ganhei dos homens e das mulheres. (olha como eu sou forte). Ainda bem que não era queda de perna, senão, eu tava frita. Rs. Mas, se tivesse um concurso de quem mais caí à toa, eu seria a grande vencedora. Mas naquela época, a moda era se manter de pé o máximo de tempo possível. Alias, acho que essa moda não mudou muito, por isso, eu sou assim, digamos, an-fachion! Rs.

Mas, isso não me incomoda muito. Pelo menos não agora. Porque quando eu era pequena e via as meninas patinando, voando leves, lépidas e fagueiras, a minha vontade era de pegar um estilingue e alvejar aquelas “pombas voadoras”. Pois quando tentei ser uma delas, caí de bunda no chão e, tive que passar uma semana com um travesseiro amarrado na bunda.

Desde pequena sempre quis ser independente e dirigir um carro vermelho conversível, seria um máximo! Cheguei a cogitar um carro adaptado, mas me disseram que eu não tenho coordenação motora e que sairia batendo em tudo quanto é poste. Mal sabem eles que meu avô me ensinou muito bem. Afinal, no carrinho bate-bate do parque eu nunca bati. Rs.

Os cavalos também sempre foram meus aliados, afinal eles têm quatro pontos de apoio e são lindos. Eu fiz amizade com vários deles, de todas as cores, tamanhos e sexos. Eles me ensinaram a ser um pouquinho mais equilibrada. Bom, se é que isso é possível, como vocês estão vendo. Mas eu até ganhei em 1º lugar no trote em uma competição de passo, ou seja, uma caminhada, mas rápida. Na última hora, mudaram a modalidade e, mesmo assim eu ganhei. É claro que depois, de emoção com o prêmio, acabei caindo, para variar, de bunda no chão. Coitada da bunda! Meu pára-choque. É por isso que dizem que ela é grande. Deve ser por tantas quedas. Rs.

Hoje, eu sou uma mulher. Já amei, já odiei e, busco novas experiências. Sou diferente sim, mas, vivo as mesmas vontades de todo mundo.

Gosto de crianças. Será que um dia poderei ser mãe, ter uma criança em meus braços?

Será que algum dia vou encontrar um homem que não tenha vergonha de mim? Meu pai teve. Espero que meu homem, que ainda vai chegar, eu tenho fé, não seja como ele.

Mas será que vou poder carregar meu filho no ventre sem cair? E no colo? Eu amo crianças. Meus primos e, até mesmo os desconhecidos. Mas eu posso trabalhar com eles, diverti-los, como nas festas.

Afinal, é por isso que estou na faculdade de artes e, fazendo essa performance aqui para vocês.