tag:blogger.com,1999:blog-56496221220717519082024-02-22T08:08:17.019-08:00No Limite do EquilibrioJú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.comBlogger101125tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-20153110986869746572022-09-29T05:18:00.001-07:002022-09-29T05:18:48.051-07:00Brasília foi feita....<p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Brasília não foi feito para mim, ou para qualquer
pessoa que tenha alguma limitação diferenciada, e, vou dizer por que....
ACESSIBILIDADE! E olha que já melhorou muito, mas ainda tem chão!!</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Minha teoria é a seguinte.... Brasília foi construída
em um tempo em que as pessoas morriam mais cedo e pessoas com deficiência e/ou que
tenham limitações diversas e reduzidas eram “escondidas” em casa ou em algum
outro lugar para “não incomodar”. E, como costumo dizer, estamos saindo das
tocas, nos deparamos com um mundo de difícil acesso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Algum tempo atrás escrevi um texto chamado me
equilibrando no meu desequilíbrio... É verdade, tenho consciência de que meu
equilíbrio não é tão “de boas” assim, mas sinceramente, não é fácil, embora
tente dar o melhor de mim, se equilibrar nas ruas e calçadas que temos. E outra
coisa, rampas e corrimãos não necessariamente são sinônimos de acessibilidade.
É por essas e outras, meus caros, que por algumas vezes já comentaram que tenho
andar de bêbado e outras coisas que, para ser sincera, não são legais, mas, ou
tenho resposta na língua ou tento ignorar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Outra coisa, que hoje em dia acho curiosa, por não ter
uma deficiência visível, digo, não uso cadeira de rodas, muleta, andador (já
usei quando mais nova), algumas pessoas não acreditam quando falo das minhas
limitações ou, quando vieram até mim uma vez e me perguntaram: - você não tem
mais paralisia cerebral né? Nossa, foi uma coisa complicada de se ouvir e, como
eu iria elaborar isso para, da melhor maneira possível, responder. Eis a minha resposta:
- melhorei ao longo dos anos devido a ter tido a oportunidade de ir para fora
do país, Hungria, para fazer um tratamento que me possibilitasse ter a
autonomia que tenho hoje, mas a melhora que tenho hoje não significa que minha
deficiência não esteja comigo, nasci com ela e vou morrer com ela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Voltando ao assunto sobre acessibilidade, ou a falta
de, pessoas com deficiência e/ou que tenham limitações diferenciadas, acredito
ter alguns desapontamentos ao sair de casa pois a falta de caminhos que
proporcionem mais segurança e ajude na nossa autonomia acaba ficando meio
prejudicado. Gente, vamos combinar, uma boa calçada ou um caminho que não tenha
tantos obstáculos, faz muitaaaaa diferença. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ao longo dos anos, fomos e, infelizmente algumas vezes
ainda somos levados a crer que, devidos as nossas limitações, não somos capazes
de fazer muitas coisas. Hoje, já estamos mudando um pouco isso mas o fator
acessibilidade não ajuda muito nesse processo. O maior obstáculo, um dos, que
encontro diariamente, andando pelas calçadas de Brasília é a dificuldade de ir
para onde se quer, o direito fundamental de ir e vir, a não ser que vá de
carro. A impressão que dá é, sinceramente, que caíram pequenas crateras nas ruas
e calçadas, pois fica com umas pedrinhas no chão e, isso dá medo de cair. Há seis
anos ganhei um triciclo, um dos melhores dias da minha vida pois sempre quis
andar de bicicleta. Meu triciclo é manual, tem uma versão elétrica, mas acredito
que devido minha circunstância não seria um bom negócio. Ando de triciclo
sempre que dá, onde dá, faço “reconhecimento de terreno” para ver onde dá para
passar mas devo reconhecer que fico com um pouco de medo de cair mas não paro
por causa disso, pois, como digo, preciso me equilibrar duplamente, por minha
deficiência e por meu triciclo pois, em certos trajetos tenho que ficar
descendo e subindo do triciclo para conseguir passar por algum lugar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: red; font-family: "Times New Roman",serif;"><o:p> </o:p></span></p>Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-32148517070334640252022-06-14T05:58:00.000-07:002022-06-14T05:58:13.824-07:00PC astral<h3 style="text-align: left;"><span style="font-weight: normal;">Há quem ache que a astrologia influencia a vida das pessoas, e busque explicações para traços de sua personalidade no seu mapa astral. Então decidi fazer uma espécie de mapa astral, mas sem ser de signos.... pera .... a coisa toda do mapa astral é justamente os signos… então… pode não fazer muito sentido, mas, vá lá. Meu PC astral vem de paralisia cerebral e astral.... bom, vem de astral mesmo.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Olá, sou a Júlia e sou uma leonina do dia 1º de Agosto de 1985. Tenho uma deficiência física que ganhou o nome de ataxia. Essa ataxia é de causa indeterminada, e de nascença. Na verdade, é Paralisia Cerebral do tipo atáxica...mas vamos chegar nisso já já. É o seguinte, entrei nos meus 36 anos, não posso dizer que não me chateia quando lembro das coisas de que me chamaram, dos rótulos que me puseram. Tem rótulos até hoje né... Procuro ficar de bom astral, não é fácil não minha gente, dá vontade de jogar tudo para cima e mandar algumas pessoas para aquele lugar, sabe. Mas segue o bonde que o mundo dá voltas... Eita ferro hahaha</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Comecemos explicando que raios é paralisia cerebral. Paralisia cerebral é qualquer tipo de lesão no cérebro. Existem diferentes tipos de paralisia cerebral. A minha se chama paralisia cerebral atáxica e, isso afeta a coordenação motora e o equilíbrio. O que ocasionou isso? Não sabemos. Por isso o nome completo do que me acompanha é: Paralisia cerebral do tipo atáxica de etiologia indeterminada.... Houve um tempo que eu ia atrás de respostas a essa pergunta, qualquer que fosse, toda vez que tinha oportunidade… Hoje em dia, por tudo o que já fiz e que já passei, descobrir uma possível causa talvez não fizesse muita diferença para mim. E se, caso houver, algum dia, uma explicação ou resposta, seria legal saber. Mas acho que para mim não mudaria nada ou, talvez, quase nada.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Parece assustador né.... E, às vezes é mesmo, ainda mais quando não se sabe de onde vem, para onde vai, o que faz etc. Mas, creio eu, o mais assustador é não ter informação sobre isso e simplesmente aceitar por ser mais fácil... aceitar no sentido de aceita que dói menos... o caminho mais fácil, sem perguntas, sem pesquisa, só o que dizem e pronto. Mas não quero ser assim, que aceita calada a situação, e não sou, caras pessoas! Não aceito isso calada não, acredito que devemos sim saber o que se passa, devemos pesquisar mais sobre o que acontece e, como acontece, que conseguiremos sim, e, como cada pessoa é única, saber e relatar como isso afeta cada um de nós. E mais, não resumir tudo ou quase tudo que você faz ou não a um diagnóstico que foi lhe dado... hum...tipo assim... Há muito tempo. Qual é? Somos mais que isso, gente...não que diagnósticos não sejam necessários, é claro que são, mas limitar-se a eles, pera lá né! Nasci com essa condição que não posso mudar, mas sim conviver da melhor maneira possível. E, também acredito, poder lidar com o que outras pessoas vão falar, porque vão, viu, não vamos tapar o sol com a peneira. Hoje penso assim. Demorou um tantinho para que amadurecessem essas ideias, muita água passou, mas no final das contas ainda estou aprendendo… </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Seria muito mais cômodo aceitar que não podemos fazer isso ou aquilo por causa de uma deficiência, é mais fácil… fácil para quem!? Não é fácil ouvir alguém dizer que você não consegue fazer alguma coisa, sem sequer falar com a gente antes e procurar se informar melhor. A realidade é esta, meus amigos: limitações podem e, na maioria das vezes, geram mais limitações a nossa busca de autonomia. De tanto falarem que você não pode fazer isso ou aquilo, você pode “pôr na cabeça” que não vai conseguir, e efetivamente não consegue, mesmo porque pode dar um medo louco só de tentar fazer alguma coisa que possa dar errado. Entendo que ajam dessa maneira, às vezes, por nos querer bem e se preocupar com nosso bem estar.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;"> Já me senti muito patinho feito por zoarem da minha aparência e das minhas pernas, falavam que eu andava de um jeito engraçado e coisas desse tipo. Tenho que lidar com isso todos os dias, hoje menos que antes. Lidar com algo implica escolha. Nascer assim não é algo que eu tenha escolhido, mas convivo. Escolhi e ainda escolho como vou viver a partir daquilo que tenho né.... Então, agora posso sim escolher como determinada situação me afeta, pessoas me afetam... tenho a escolha de me afastar ou não, de ligar para o que as pessoas dizem. Veja bem, acho que não é tanto o que dizem, mas como dizem. Não tem uma fórmula para lidar com isso. Não somos ensinados a viver com nossas limitações, é difícil. Mas acredito que, mesmo com algumas situações e circunstâncias, esteja me saindo bem.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Olha só, tem gente que fala que quem é do signo de leão é narcisista, tem autoestima lá em cima, é orgulhoso e sabe-se lá mais o que. Pois bem, como tenho só 1,57 de altura, coisas lá em cima não me representam ... Mas, tirando as brincadeiras de lado, minha autoestima posso dizer que foi sendo construída ao longo dos tempo devido ao bullying nas escolas e outros lugares. Hoje, posso não ser a pessoa mais linda do mundo, nenhuma Marilyn da vida (esse já foi o padrão de beleza, né?), mas sei que devo ter meus atrativos, afinal, não sou só pernas que às vezes me fazem perder o equilíbrio, gosto de algumas partes do meu corpo e outras não, acho que todo mundo é assim. Até que sou bonita vai! Outra característica de leão que encontrei foi coragem...ok, posso dizer que seja uma pessoa corajosa, mas sei a hora de me recolher também...sou doida, mas nem tanto.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Ascendente em escorpião… Não sei direito o que significa, mas também já falaram algumas coisas bem ruinzinhas desse bicho aí, viu. Bom, não sei o que isso me afeta de fato, mas já ouvi falar que é a primeira impressão da pessoa. Dito isso, acho que a primeira impressão que alguém tem de mim é, talvez, que seja uma boa amiga, uma pessoa engraçada. Não sei, nunca me deu vontade de perguntar o que acham de mim, normalmente já saem julgando mesmo. Só acho que julgar nunca é legal, mas se quiserem julgar, conheçam a pessoa antes. Quer saber, eu te conto, este diz que diz me cansa muito...não sou obrigada tá bem. Escorpião, pelo que pesquisei, está relacionado a intensidade e, realmente sou bem intensa, às vezes até de mais. Se, segundo o ditado, a primeira impressão é a que fica, não sei se isso é uma boa coisa não. Hahaha</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Vamos lá... lua… ah lua....minha lua é em aquário, já achei que era porque gosto de nadar, água hahaha viajei né. Bom, aquário é signo de ar então, deixa eu ver...viajar, outros ares… às vezes viajo sem nem sair do lugar ... Quem nunca né? kk Bom, me parece que sua lua tem a ver com sentimentos, verdade? Não sei, mas se for isso mesmo, os meus são meio instáveis, confusos, eu acho. Na verdade, acho que os de muita gente também. Aquário está relacionado a independência… Vem cá, de qual estamos falando? Independência emocional, financeira, total, parcial...Costumo falar que sou uma pessoa dependente independente. Primeiro e antes de tudo, ter uma deficiência muitas vezes requer ajuda de terceiros, então tudo que posso fazer sozinha eu faço, tento de um jeito, se não conseguir, tento de outro jeito e, com muita alegria, não é do meu feito desistir não e, o que não dá para fazer, que são mais difíceis, mais complexas, peço ajuda ou, em último caso, não faço. </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Bem, claramente não entendo muito bem de signos e mapa astral, ganhei um de aniversário uma vez, mas não entendi direito, são muitas casas, trânsitos, outros signos no seu signo etc. Também tem muitos estereótipos né, tal signo é assim, tal signo é assado. Cada pessoa é diferente, tem características e vivências diferentes. Resumindo, o que acho é que nem todo mundo do signo tal é de um jeito, assim como do signo assado.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Mas enfim, o foco aqui não é signo, é astral sim, mas é de um jeito diferente... Vamos lá?</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Sou desequilibrada, ok. Não no sentido de perturbada da cabeça. No sentido literal mesmo: meu equilíbrio é instável, tem dias que está melhor e dias que está pior, dias que estou mais desequilibrada, não entendo bem as variáveis envolvidas, que atrapalham ou não a forma como ando, mas sei que definitivamente tem algo aí e não é só referente à ataxia, acho que tem mais coisa aí. Me pergunto quais os processos podem ajudar ou atrapalhar meu caminhar. Digo às vezes que sou uma equilibrista em uma corda bamba que está no chão. HAHA! E, claro, meu equilíbrio vai comigo aonde eu for... não tem como deixar em casa né. Não sei vocês, mas eu tenho uma espécie de voz na cabeça que fica perguntando assim: - será que você dá conta? Ou – vamos tentar? Ah, tenho de dizer que, apesar de já ter tido vergonha de pedir ajuda, aprendi que tudo bem pedir, não é sinal de fraqueza.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Como para quase tudo na vida tem dia, adivinhem, temos um dia também. E eu adoro uma comemoração, não só dias festivos, como aniversário, natal, etc. Falou em comemorar alguma coisa, estou dentro. Aliás, acho que comemoro quase todo dia, mesmo sem ter dia específico. Mas, a título de curiosidade, não só para os outros mas para mim também, o dia da luta da pessoa com deficiência é dia 21 de Setembro. O dia mundial da paralisia cerebral é em 6 de Outubro. Já no dia 11 do mesmo mês é o dia da pessoa com deficiência física. O dia internacional da pessoa com deficiência fica no mês de Dezembro, é 3. Também temos uma semana inteira em Agosto, que vai do dia 21 ao dia 28, que é a semana nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Você é especial? Eu, modéstia à parte, sou, quer dizer, acho que sou haha... Para minha família, meus amigos, e eles são especiais para mim também. Você deve ser especial para alguém, ou ter alguém especial na sua vida.... Sabe, especial é um adjetivo e, acho que quando empregam essa palavra para se referir a alguém com deficiência nunca me pareceu que estivessem elogiando, ou estou errada? Porque, pelo dicionário, especial é um adjetivo que você dá para uma coisa ou uma pessoa. Pode ser um lugar ou um momento especial também. Isso nunca me incomodou, mas acho importante falar que se você quiser colocar a palavra especial em uma frase, veja bem como usá-la. </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;"> Ser deficiente não me torna mais ou menos especial que ninguém. Alguns teimam em se referir a uma pessoa com deficiência desta maneira. Acredito que tenho pessoas especiais na minha vida, que fazem com que meus dias, o lugar onde estou, alguns momentos, sejam tão especiais e fantásticos. </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Sou mais lenta que algumas pessoas. Lenta para aprender, por exemplo. Aprendo, mas não sou nenhuma the flash. Levo um pouco mais de tempo para isso. Escrevo mais lentamente também. Sou mais lenta para fazer algumas coisas, para me deslocar de um lugar a outro, e tenho medo de me desequilibrar e cair. Isso é complicado quando as pessoas não são assim, e aí, gritar e brigar sem pensar nas consequências não dá. Adquirimos, por assim dizer, algumas técnicas, alguns mecanismos para dar conta de nossas demandas enquanto uma pessoa que tem uma deficiência, tendo consciência de nossas limitações.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Um fato: meu apelido na camiseta de formatura da 8ª série foi Robocop, um dos apelidos que me deram na escola. Hoje, não ligo, acho até que curto, mas, na época, me chateava muito. Uma vez, ao sair da faculdade, fui ao cinema e disse para minha amiga que iria assistir um filme que inspirou meu apelido....</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Não tenho vergonha da minha deficiência, ela veio comigo, está comigo em todos os momentos da minha vida e vai embora comigo quando chegar a hora. Não vejo por que “anunciar” que tenho uma deficiência. Entendo que a classificação, por assim dizer, às vezes seja necessária, mas para mim isso só reforça os inúmeros rótulos que nos colocam. Eventualmente os outros percebem, mesmo que às vezes demore um pouco. </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Já somos tão estigmatizadas, se você é mulher tem que ser como a sociedade diz que a mulher tem quer ser. Ser mulher e uma pessoa com deficiência então... e, não é bem visto você querer ser outra coisa a não ser aqueles estereótipos, aqueles padrões que a sociedade impõem ao longo dos anos, parece que não levam a sério mulheres que escolhem várias faces de si mesma: a engraçada, a amiga, a companheira de bar (mesmo que não beba muito), namorada, enfim, tudo o que você quiser ser. E, por ser uma mulher com deficiência, você tem menos escolhas ainda. Onde está escrito que só pode ser uma coisa? Recuso-me a me definirem como algo só, sou quem quero ser ou quantas quero ser... "Eu sou o que sou e já desfruto disso". É... sou e sei disso. Às vezes usamos isso como uma espécie de escudo (acho que é isso mesmo) e ficamos com medo de ficarmos vulneráveis lá fora, diante do que teremos que enfrentar. E é feio, eu vi. Pessoas que são diferentes podem ser tratadas como se tivesse algo contagioso ou algo assim. Pessoas com pensamento pequeno, a meu ver, podem ser tão cruéis. Por isso e por não nos aceitarmos como somos, nos escondemos em nós mesmos para nos defendermos e até fugirmos de alguma situação que nos machuque. Mas, exatamente por sermos assim, devemos dizer: "eu quero, eu posso, eu consigo". Somos seres humanos também e queremos igualdade. A sociedade não pode estabelecer o que somos e como devemos ser. " Para mim, ser diferente é normal" Pronto falei :) Se bem que até a palavra normal já me soa meio estranha.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Medo… Todo mundo tem, mas meus medos encaro hoje mais como meus aliados e não como uma ameaça. Xii, isso soa como frase de livro de autoajuda, mas, para mim, é a mais pura verdade. Tenho diálogos longos comigo mesma e cá para nós pode ser bem interessante ser seu próprio locutor e ouvinte. Entendo que o medo ronda, preocupações fazem parte do cotidiano e às vezes podem se tornar monstros capazes de nos fazer desistir de tudo que queremos. Uma coisa te digo, famigerado medo, você não vai ser maior que eu, apesar da minha estatura... Medo de você já tive e agora, o nervosismo que gosta de estremecer as bases deixando tudo sem cor, meu amor, aqui você não se cria mais não. Agora, colocando os pingos nos is, posso prometer isso: vou tentar e, se não der certo, tento de novo até encontrar uma maneira de conseguir.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Relacionamentos… Difícil falar disso e também de viver. De qualquer ordem. Não tem fórmula. Quando mais nova, não entendia muito bem por que me excluíam, não me queriam por perto, me afastavam... Na verdade, ainda hoje, de vez em quando fico achando que têm vergonha de mim, mas depois falo disso. Enfim, hoje, depois de pensar muito a respeito, imagino a pressão que deva ser ficar com uma pessoa tão diferente de você, com particularidades tão distintas. Não estou justificando nada nem ninguém, é que as pessoas aprendem desde muito cedo e reproduzem que as diferenças devem ser afastadas. São ensinadas a agir e a pensar conforme os padrões e quem não se encaixa nisso é excluído. Isso é uma pena, pois quem sai perdendo são essas pessoas que nos querem afastar. Inclusive, já comentaram, ridiculamente na minha opinião, que deveria só me relacionar, amorosamente, com pessoas iguais a mim .... Igual como? Modéstia à parte, sou gente boa!</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Já me perguntaram sobre minha deficiência. Algumas pessoas, mesmo curiosas, não perguntam, por vergonha, preconceito ou por não quererem machucar, ou ainda por convenção social mesmo. Hoje em dia, perguntam mais. Perguntam se me sinto confortável em falar sobre minha deficiência. Na verdade, não lembro direitinho quando de fato cruzei essa linha, mas lembro de, quando ingressei na primeira faculdade, em 2005, Faculdade de Artes Dulcina de Morais, tomando um café na hora do intervalo entre as aulas, uma colega que era, na época, auxiliar de enfermagem, sentou-se em minha mesa e perguntou, primeiro, se estava tudo bem em falar sobre isso, se não me incomodaria que ela perguntasse o que eu tinha, e se era de nascença ou acidente. Aquilo mexeu comigo, mas não no sentido de ter me incomodado, ou de ter me deixado triste; ao contrário, achei uma boa oportunidade para tentar me expressar além das coisas que escrevia nas horas vagas na minha agenda, que fazia as vezes de diário; antes só escrevia sobre isso, o que foi e tem sido uma terapia para mim. Foi também nesta faculdade que fiz alguns trabalhos sobre o tema inclusão, adicionando minha visão pessoal. </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Na faculdade, assim como nas escolas que frequentei, era a única aluna deficiente da turma; então, resolvi, de um jeito engraçado (para mim, pelo menos), fazer pequenos textos contando como me sentia sobre minha deficiência. Foi assim que surgiu “Fragmentos de Mim”, compilação minha junto com meu antigo professor, Túlio Guimarães. Aqui conto como foi que ele me “descobriu”. Aconteceu assim: estava numa aula chamada “direção de atores” e estava, para variar, rabiscando no meu “agendário”. Não costumo usar agendas para a função delas haha, então, na hora que a inspiração bate, eu escrevo, e uma dessas vezes em que ela veio foi na hora do intervalo. Todos da sala estavam se reunindo com dois ou três colegas para dirigi-los em sua cena e, eu, como de costume, sentei num canto da sala e fui retocar um dos textos que havia escrito, dentre os vários que tinha. Então, vendo que eu não estava trabalhando com ninguém, o professor viu o que eu estava escrevendo e, para minha surpresa, ele gostou e surgiu a ideia do monólogo. Fiquei tão nervosa quando chegou a hora de apresentar porque uma coisa é apresentar trechos de peças de teatro já montadas, outra completamente diferente é fazer algo que você escreveu, sobre sua vida.</span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;">Atualmente sou estudante de psicologia, 2ª graduação e, lá foi a primeira vez que encontrei outras pessoas com deficiência na faculdade, convivo com outras pessoas com deficiência na vela adaptada e no fashion inclusivo, e foi lá também que me deparei com amantes de astrologia, fora os que tenho fora da vida acadêmica. E, minha resposta para quem gosta de astrologia é:é importante? Sim, mas não é tudo. Assim como não quero que seja estigmatizada por um diagnóstico, também não quero que o façam pelo meu signo ou pelos meus signos, meu mapa astral. Astrologia faz parte, mas não é o todo. Mas claro, isso é só minha opinião. </span></h3><h3><span style="font-size: 18.72px; font-weight: normal;"> </span></h3><div><br /></div>Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-88300130005214436172020-06-20T14:24:00.001-07:002020-09-29T16:41:38.228-07:00Terapia emocional...beijos e abraços e afins :)Abraços, beijos, carinhos. De amigos, namorados, colegas, família...muitas coisas cabem em um abraço. Pode ser com ou sem beijos (com é melhor haha), apertado, saudoso, carinhoso...hum...<br />
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Claro que nem todos se sentem confortáveis com essa demonstração de afeto, seja público ou privado. E está tudo bem, obviamente ninguém é obrigado (a) a se juntar ao, que para mim é, uma celebração. Mas, a aversão (se é que podemos chamar assim), a isso pode ser cultural e social. Não julgo, claro, quem, por alguma razão, não curta essas demonstrações mas, confesso que, por ser diferente do modo como vivo e o fato de gostar de abraçar e beijar pessoas queridas, sinto até uma certa necessidade, me causa um certo estranhamento mas, respeito quem não pensa assim, é óbvio. Só acho que, seria bom chegar e falar abertamente sobre isso, se houver intimidade para tal. Mas também não condeno quem não dê conta disso.</div>
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"O primeiro gesto humano é o abraço"... E, nessa atual situação, na qual se torna necessário um isolamento social, pode ser sentida a falta de contato humano, de sair com amigos (ou sozinho), abraçar pessoas que estão longe (ou perto, porque não). Nem preciso dizer que o abraço é terapêutico né? Nem precisa dizer nada se não quiser, só abraçar, gestos de carinhos normalmente são bem aceitos, mesmo sem palavras. Também é público e notório, pelo menos acho que é haha, que damos mais valor depois que perdemos....no caso, temporariamente, por conta da pandemia.<br />
No filme Frozen, 2013, o personagem Olaf se apresenta dizendo gostar de "abraços quentinhos", isso muito que me represente, afinal, adoro abraços né :);<br />
No filme A Cinco Passos de Você, 2019, relata-se a importância do toque, na frase dita por um de seus personagens: "precisamos ser tocados por quem amamos quase tanto quanto precisamos do ar que respiramos", claro que é um caso de romance mas, quem disse que quem amamos tem que ser só por quem estamos apaixonados? Amamos amigos, colegas, irmãos, pais, tios, avós...tanta gente...e olha, no meu caso amo mesmo hein hahaha;<br />
Músicas como a que Jota Quest fala que "o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço". De uma pessoa querida é com certeza;<br />
Na televisão, a apresentadora Astrid comanda um programa chamado "chegadas e partidas", que é basicamente sobre reencontros e, adivinha....mais abraços :)<br />
E também existem músicas, textos, poemas, coisas diversas, todas falando da importância do afeto e como repercute nos seres humanos. A falta de afeto pode e, diante do cenário atual da pandemia, tem afetado as relações humanas por não poderem se ver, ta pessoalmente vai pois entre outras coisas, os meios de comunicação estão aí para isso também. Aí já dá para matar um pouquinho da saudade né :)<br />
Isso tudo para falar que, como vocês já devem ter imaginado 🤣, abraços, beijos, afetos e afins são importantes para nós e, para mim, quem me conhece sabe que claro e evidente para mim é, espero que esse período acabe logo porque já está cansativo...sei que é sério mas já cansou.<br />
"Beijos, abraços e carinhos sem ter fim"😊<br />
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Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-59127896221774283062020-04-29T11:12:00.003-07:002021-09-23T09:55:15.605-07:00gangue do deboche<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Relutei.. para escrever isso. Demorei para superar.. para esquecer.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Achei que nunca mais fosse vê-lo até o dia em que, nunca mais havia pensado nele e nem naquela época, o vi, sentado, em o que acredito fosse seu horário de almoço. Fiquei sem reação. Como que depois de tanto anos, um só momento, minutos que fosse, pudesse me trazer lembranças que às vezes gostaria de ter esquecido?</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Já se passaram alguns anos que esse encontro inesperado aconteceu mas, aquele dia me marcou tanto, no sentido que, ao voltar a mim, comecei a escrever o que, não sabia como, mas gostaria de ter dito a ele</span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"> na ocasião. E, fui para casa e escrevi. Só não tive coragem de expor aqui nesse espaço...bobagem né, mas na hora que terminei de escrever me pareceu que não valeria a pena mostrar para ninguém. Enfim, hoje, tomei coragem e decidi colocar para fora hahaha. Escrever me faz bem, quando não consigo me expressar falando, tento a escrita, acho uma boa saída...é terapêutico.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Não sei se devo agradecer ou não. Parando agora para pensar, parte de mim acho que devo a você. Na época não sabia, mas me fortalecia a cada desprezo seu. Fui muito magoada nos tempos da escola. Éramos jovens, crianças, e achava que sabia o que era gostar de alguém e, meu erro, talvez tenha sido gostar muito de você e por isso me machuquei muito.</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Nunca te odiei. Não entendia bem por que fazia o que fazia, por que além de não gostar de mim tinha que me humilhar na frente dos outros. E, não satisfeito, era o líder da "gangue do deboche", que por algumas vezes me detonava na sala de aula.</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Ei, olha eu aqui, lembra de mim! Sou aquela garota que estudou com você. Aquela mesma que você e tantos outros zombavam.</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Gostaria de te dizer que consegui, ou estou conseguindo o que, um dia me disseram que não conseguiria. E ainda digo mais, conseguirei mais coisa.</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Houve um tempo em que eu acreditei em você e no seu "esquadrão do deboche". Mas vocês estavam enganados a meu respeito. Ainda tenho aquele andar engraçado que vocês falavam, acho que ainda muita gente deve falar dele mas, quer saber, não vou mais deixar quem quer que seja, gostando da pessoa ou não, me limitar. Já passei por poucas e boas por aí. Superei você, seu esquadrão e tantos outros por aí. Já me deram nomes que não gostei...já deu né.</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Algumas vezes já pensei que um dia encontraria pessoas que zombaram de mim no passado e falaria: olha como estou agora, diferente de quem vocês conheceram né? O que vocês pensam de mim agora?...Quer saber, não importa....tchauzinho!</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Pensar assim me deixava feliz, queria que me vissem, o que conquistei, que não era mais aquela menina esquisita da escola, cheia de rótulos e não sei mais o que que falavam de mim. Mas, não vejo muita razão em pensar nisso, acho mesquinho até. Cutucar a ferida sabe. </span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Vamos nos ver de novo e, provavelmente, não vai se lembrar do que me fez mas, embora não esqueça do que aconteceu, te perdoo. Sei que, assim como você, muitas pessoas se enganarão a meu respeito, posso ter que enfrentar algumas coisas que não sejam muito agradáveis, como naquele tempo mas, não tenho como prever nada e nem exigir que se comportem como eu gostaria. Isso é com elas né!</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif">Hoje, depois de muitos anos, vejo assim: irônico, quem me prejudicou, indiretamente tenha me ajudado na "construção mais forte de mim". Acho que, por isso, te agradeço. Acho que esquecer não vou poder mas acho que posso dizer que estou bem agora.</span><br />
<span face=""arial" , "helvetica" , sans-serif"><br /></span>Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-36230466940984287312019-05-30T04:46:00.002-07:002020-12-12T14:55:36.929-08:00me poupe por favor!!Vivemos em uma sociedade...bem...preconceituosa, machista, sexista e intolerante, tem coisas boas também viu, eu prometo haha, entre outras coisas que não vem ao caso falar aqui e nem agora. E, nem todos aceitam bem a convivência com pessoas que tenham algum tipo de limitação. A verdade é que todos nos temos alguma limitação mas, se me permitem uma rápida observação: o diferente gera ou, pode gerar, a oportunidade de nos vermos sobre uma outra perspectıva.<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/share/clipdata_190530_084525_856.sdoc--><br />
ô já deu ta....se achar que mesmo assim não vale a pena ficarmos juntos me faça o favor e saia da minha vida, pode ir embora. Não me iluda e não me engane, não perca meu tempo, isso não será bom nem para mim e nem para você. Então, se não estiver de boa com a situação, mesmo sofrendo, prefiro que vá embora...O únıco amor que vou precisar mesmo para o resto da minha vida é o meu, o resto é bônus haha. A verdade nua e crua é essa meus amigos :) E a verdade muıtas vezes dói né! hahaha<br />
O mundo não é um lugar muıto gentil para quem tem alguma, ou em certos casos algumas, limitações. São pressões de todos os lados, falta de sensibilidade, noção, acessibilidade, compaıxão, etc.<br />
Chega, vá embora daqui! Diz que aceita mas na primeira dificuldade tira o corpo fora, é cada besteira que ouvimos, chacota, piadas...QUE PORRE! Ainda bem que essas coisas diminuíram, bastante, na verdade quase não ouço mais esses tipo de coisas, pelo menos ao meu respeito, mas o que deve ter de gente que menospreza e/ou rebaixa pessoas que tem algo de diferente em si, que minam tanto que deixa a nossa autoestima bem "esmagada". Mas seja como for e seja quem for, é uma afronta para qualquer pessoa, deficiente ou não, lidar com algumas pessoas que ınsıstem em serem desdenhosos com o diferente.<br />
Claro que não temos como exigir que saibam como somos, isso é da convivêncıa, aceitação, principalmente a para conosco mesmos. A verdade é que às vezes seria mais fácil se as pessoas com quem convivemos viessem com bula de instrução mas, como isso não é possível, é dando cabeçada mesmo que aprendemos...ou nem assım, na verdade hahaha<br />
Outra verdade, para mim, é essa: mesmo que as agressões psicológicas do preconceito estejam cada vezes menores, espero, sempre terá alguém que pense, reage, fale e demonstre de todas as formas e feitio que, o diferente incomoda. E ele/ela sempre vai dar um jeito de te mostrar isso. Não tenho ilusões que isso não exista, sei disso e sei que mais cedo ou mais tarde alguma coisa vai aparecer mas, dessa vez, espero estar melhor preparada haha!Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-64903789969546606212019-05-30T04:44:00.000-07:002019-05-30T04:44:52.016-07:00fila de cimena, aeroporto e afinsNão sei se me sinto lisonjeada ou afrontada. Por um lado afirmarem que não pareço deficiente me causa um certo desconforto, (estranho), e por outro, como nunca tinha experenciado tal coisa e ainda por cima do jeito que aconteceu, como reagir a situacões assim? <br />
Bom, vamos contextualizar primeiro...tempos atrás, em uma fila de cinema de um shopping local de Brasilia, estava eu na fila preferencial, como de costume, quando um homem que estava a minha frente na mesma fila me perguntou (em um tom nada amistoso) o que eu estava fazendo ali e, ainda acrescentou que meu lugar não era aquele. Bem...meu lugar....pensei...ora, quem ele pensa que é para falar com alguém daquele jeito! Fiquei tão...sei lá, era uma mistura de raiva com tristeza e espanto (pois fiquei sem reação), ai meu Deus, o que falar para pessoas tão sem compaixão, será que retruco, fico com raiva e dou uma resposta no mesmo tom que ele usou comigo ao se dirijir daquele jeito? Não...com toda paciência que me foi dada (eu acho) kkkk, falei explicando com a delicadeza com que nem sempre me trataram. - estou aqui porque tenho direito de estar aqui, e um direito meu por lei. E ainda complementei, não que devesse pois ele não tinha e não tem nada a ver com a minha vida, mas quis ser educada e explicativa ou até educativa, vai saber. - nasci com deficiência física, tenho mobilidade reduzida. Enquanto explicava a ele meu direito legitimo de estar la, a expressão de seu rosto foi ficando mais relaxada, diferente da abordagem que ele tinha feito minutos antes. Junto dele havia uma mulher o acompanhando e ela o advertiu, depois de presenciar toda a cena, que eu estava ali sabendo que se tratava de uma fila preferencial e que eu estava la porque certamente precisva. Fim de papo e fomos todos aproveitar nossas sessões de cinema.<br />
Outro caso foi, estavámos um amigo e eu na fila preferencial de um aeroporto em São Paulo (agora sempre vou nessas filas), quando um senhor que estava atrás de nós perguntou, mas dessa vez em um tom mais aprasivel, você sabe que isso é uma fila preferencial né? por que você esta aqui, está tudo bem? Eu já estava sinceramente de saco cheio dessas pessoas e, por conta do ocorrido no cinema, já estava com quatro pedras na mão. Mas o senhor havia me perguntado tão calmo e gentil. E gentilmente o respondi que estava ali porque sou deficiente. O senhor, ao contrário do homem no cinema disse: - não precisa justificar para ninguem que você esta aqui por isso ou aquilo, apenas diga, eu sei que é uma fila preferencial e estou aqui por direito. Fiquei surpresa com o que ele me disse que acabou sendo um dos assuntos que comentamos, meu amigo e eu, durante nosso percusso até São Paulo.<br />
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/share/clipdata_190530_082541_655.sdoc-->Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-88530396865716755482018-06-04T04:37:00.000-07:002018-07-14T06:10:39.488-07:00Sou assim...Sou pessoa com deficiência, não porto nada e nem sou especial, até por que especiais todos somos. Não me vejo especial por ser deficiente. Posso fazer coisas especiais ou ser especial para alguém. Também não dá para tapar o sol com peneira, eu sou eu e minhas circunstâncias e sei onde meu calo aperta. Sou assim sim, mas não deixo de fazer nada do que quero, na medida do possível. "Consigo tudo que eu quero", não me lembro de ter dito isso, mas me afirmaram que eu disse hahaha!<br />
Com o passar do tempo, já alguns rótulos foram postos em quem nasceu ou adquiriu algumas circunstâncias diferenciadas e acredito que não vai parar por aí não. Já fomos chamados de tantas coisas, nomes "inapropriados", palavras às vezes ofensivas e sujeitos a apelidos toscos e de muito mau gosto.<br />
Pois eu te digo isso, essas coisas incomodam sim, e não é pouco não, mas chega uma hora que nada disso faz o menor sentido e acaba incomodando cada vez menos. Claro que há maneiras e maneiras de se lidar com esses tipos de coisa...o meu é escrever, pelo menos agora é escrever hahaha. Já bati em gente por me chamarem de um monte de nomes, xinguei etc. Disso não me orgulho, violência não ajuda em nada, mas na hora foi o que me ocorreu.<br />
Cada um lida do jeito que dá, como consegue na hora, muda a forma de lidar com isso... ou não muda... sem julgar, tá, pessoal?<br />
<br />Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-51726004213139116692018-04-13T11:58:00.002-07:002020-09-29T16:44:38.001-07:00"uma estranha no ninho"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Nos anos 80 nascia um estranho no ninho na Capital Federal. Uma estranha porque é assim que me sinto muitas vezes mas, hoje, posso dizer que sou a "melhor estranha que posso ser".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Nos 90, por um ano e meio fui para outro canto, outro país, outra realidade mas, que era particularmente uma realidade mais parecida comigo do que aonde tenha nascido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Ao chegar ao ano 2000 ingressei na minha primeira faculdade, apesar dos absurdos que tive que escutar (e que esporadicamente ainda escuto).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Hoje, a despeito das dificuldades, que a maioria enfrenta sozinha, enfrento do jeito que dá, peço ajuda quando não dou conta de alguma coisa mas na maioria das vezes faço sozinha mesmo. Tento, tento de novo, mas não deixo me vencer, de me testar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Antes não andava, agora não só ando como desfilo. Não dirijo um carro mas dirijo "meu barquinho", velejo agora. Não me "balançava" direito, agora danço. E por aí vai...Faço tudo o que tenho vontade de fazer, sempre me respeitando é claro. </span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Meu equilíbrio</span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"> desequilibrado não é feio, faz parte de mim. Me desequilibro equilibrando pela vida, pelos meus limites, testados diariamente.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Vou me erguer de novo como tantas vezes já o fiz e, farei quantas vezes ainda precisar, pois agora posso estar assim meio quebrada mas me fortaleço a cada dia e você não vai me vencer não.</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Crescemos todos os dias cercados por obstáculos e nos perguntamos se vamos conseguir...minha resposta: sim, vamos. Sei que parece frase de livro de auto ajuda mas, conseguiremos tudo que quisermos se quisermos, basta ter força de vontade....Certa vez me disseram que eu, não me recordo disso mas tudo bem, disse mais ou menos assim: eu consigo tudo que eu quero. Geniosa eu né hahahaha</span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Não somos quem já fomos um dia, mudanças externas e internas às vezes são necessárias, cicatrizes visíveis e invisíveis são forjadas na pele como lembranças que surgem sem convite. Tudo isso para dizer que não importa o tempo que levar a gente consegue.</span></div>
Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-70889549532596990642016-11-18T04:31:00.000-08:002017-01-17T14:48:42.138-08:00Criança grande Se algo está incomodando sugiro que fale logo antes que seja tarde demais. As pessoas não adivinham sabe? Não temos bola de cristal!<br />
Dialógo faz bem...deve ser por isso que converso comigo mesma hahaha. Falo comigo também através dessas páginas. Antes que digam que sou doidinha, o que não deixa de ser verdade haha, falo com outras pessoas também mas, é que nem sempre dá. Então, se não tem tu, vai tu mesmo sabe.<br />
Agora, se tem algo em mim que está te incomodando, não vou adivinhar a menos que você me fale né? Imagino que meu jeito expansivo de ser possa incomodar e até estaranhar muita gente, ainda mais nos tempos de hoje, onde todo mundo te julga pelo jeito que você é, pelo jeito que você se veste, pelo jeito que você fala, o jeito que você pensa...enfim por tudo.<br />
Vendo tanta coisa que me parece errada no mundo, a tentativa de ver a vida e as coisas de um jeito mais brando parece, ás vezes, ser uma tarefa complicada. Mas não desisto não viu.<br />
Pensamentos e sentimentos que não agradam aos ouvidos me parecem irritar a quem, na minha opinião, mais deveria ouvir, mas não suporta "meus barulhos".<br />
Um ser pensante até que sou, mas não em pensamentos "padrão", "normal". Não entendo porque isso não tem lugar, soa tão estranho, tão...eu.<br />
Sinto por diversas vezes que, querendo me expressar e acabar incomodando as pessoas, a voz que tenho está sendo calada contra minha vontade. Vontade de gritar mas não sai, choro também não vem, só a vontade, de raiva e de tristeza. Parece que a escala hierárquica quer me dominar trazendo o veto para a cena, a impressão que dá é que o discurso de "quem manda aqui" insiste em se apresentar a mim.<br />
Quando digo que sou uma criança grande, apenas quis dizer que tento não trazer tanta seriedade para mim, sabendo que é necessária e tem hora certa para aparecer, pois, sabendo das limitações que me foram dadas e "tirando vantagem" das circunstâncias, tento, com todas as dificuldades que o mundo apresenta não só para mim mas para outras pessoas, ver e sentir as possibilidades que as coisas podem ter. Para mim pelo menos podem.<br />
Gosto de ser extrovertida, alegre, quando assim me é permitido, de falar com todo mundo, ser bricalhona...enfim, procuro a leveza com que as crianças vêem o mundo. Sei que para uma mulher de seus 31 anos isso possa soar meio estranho mas não me importo, escolho sempre a leveza à frieza; a alegria ao mau humor; a palhaçada (na medida) à tudo a ferro e a fogo, a seriedade demais; Sei, é claro, que nem sempre dá para ser assim mas, para mim pelo menos, assim a vida vale muito mais a pena ser vivida.<br />
Quem não gosta de mim assim...paciência.<br />
Fico irritada pois a mim me parece que algumas pessoas devem acreditar que só funciono a base de gritos e ignorância.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-14594609170606664372016-09-01T05:10:00.003-07:002020-09-29T16:49:52.303-07:00Mundo estranho com gente esquisita O mundo não é meu inimigo, mas em certos momentos me dá uma puta vontade de gritar: QUE MERDA VOCÊS ESTÃO FAZENDO?<br />
Eu não entendo e, sinceramente, por mais que seja importante, algumas coisas eu perco o interesse e a vontade de entender.<br />
Já me perdi, me confundi, me decepcionei. Mas tem coisas boas também. Tudo tem dois lados, nada é só ruim nem nada é só bom.<br />
Aí, nesse meio tempo, vemos pessoas indo e vindo, se indispondo uns com outros, brigando com a vida,"batendo a cara na parede". E tudo isso para que?<br />
Mundo estranho com gente esquisita, onde quando não se tem o que quer ou, do jeito que se quer, pessoas podem até matar por isso. Um briga com outro e vira uma tremenda confusão. É tudo muito errado, esquisito.<br />
Vivemos em um mundo onde uma história que tem tudo para ser feliz acaba se tornando triste porque, de vez em quando, vai ter um filho da puta que vai tentar tirar vantagem de você, te enganar, e sei lá mais o que.<br />
Não sei se ser como eu sou é uma qualidade ou um defeito mas, parece que nunca é o bastante né?<br />
Não se nasce com um manual de instrução e nem bula. Às vezes sinto como se estivesse sendo punida por ser como sou.<br />
Sinto tudo com muita intensidade, confesso que isso me perturba. Não sei o que fazer e nem como agir. Me sinto diferente. Sou diferente. Às vezes nem sei mais quem sou, onde me encontro. Sou limitada, não no sentido de não poder fazer as coisas, muito pelo contrário, faço o que posso e como posso, mas as limitações das quais falo acho que são menos físicos e agora acho que são mais psíquicas. Não sou burra, entendo o que me dizem, só tenho, digamos, uma percepção das coisas acho que meio fora do "normal". Sei que a culpa não é minha e isso me deixa muito triste, pois sei que já sou uma pessoa vulnerável por ser mulher e deficiente.<br />
Mas sinto julgada constantemente, como se estivessem mil olhos sobre mim, além dos que realmente me cercam, só esperando qual é a próxima burrada que vou fazer. Já me sinto muito diminuída.<br />
Assim como todo mundo, tenho meu próprio tempo e jeito de lidar com as coisas. Já disseram que tenho uma percepção peculiar, mas não falaram isso de um jeito bom, soou tão negativo quando foi dito. PUTA QUE PARIU! Ninguém sente do mesmo jeito, não se se vê do mesmo jeito e, certamente não se percebe do mesmo jeito.<br />
Porque tudo tem que ser tão negativo? Se eu percebo diferente de você, não estou errada e nem certa, precedo e enxergo outras possibilidades e/ou oportunidades além da sua, vejo outras maneiras que não sejam só a sua. A vida apresenta uma determinada coisa para você e isso é processado por você de um jeito, já para mim são de vários jeitos diferentes e, escolho o melhor para mim, o que funciona melhor que, possivelmente não vai ser o melhor jeito para um bando de gente.<br />
Peculiaridade pode ser uma coisa boa também. Sei que o exemplo pode não ser muito bom mas, vai lá...a moeda não tem seus dois lados? Não existe Ying e o Yan?<br />
E como diz a peça: a vida pode ser boa, ruim ou...assim assim.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-19949276411237333742016-08-23T08:35:00.000-07:002016-11-17T03:05:55.382-08:00conversas filosóficas em um caféA primeira vista talvez não se perceba mas com o tempo eventualmente acabo sendo notada pela minha, digamos, caminhada meio desequilibrada.<br />
Estava conversando outro dia com um amigo sobre as dificuldades com que cada um de nós nascemos. A conversa ficou meio filosófica e, foi assim: se pudéssemos escolher como nascer não teríamos escolhido algo que nos causasse sofrimento, que nos fizéssemos ser humilhados, ou até excluídos.<br />
Não pedi para nascer assim mas aos poucos fui me acostumando e, mais tarde, me aceitando. De primeira não foi assim mas, aos pucos minhas dificuldades foram se tornando mais minhas amigas do que minhas inimigas.<br />
Passei por muitas coisas para estar aqui, nem todas foram lá muito agradáveis mas que fizeram e fazem parte de quem eu sou e, mais tarde, de quem eu decidi ser. Passei também por muitas pessoas que achavam, com toda convicção do mundo que eu não seria nada, não conseguiria nada ...surpresa...consegui e, estou conseguindo.<br />
Já pensei em tanta coisa para dizer para quem já me fez mal, "aqui você não entra mais, não vou deixar mais você me machucar". Nunca mais, vou fazer o que for para me preservar. Não tem como fugir mesmo né? Vamos encarar então . Não quero mais perder meu tempo me desgastando com a maldade desse mundo, tentando muitas vezes me defender do que não precisa de defesa, na minha concepção. Parece que precisamos nos desculpar por sermos quem somos. É um ultrage! Nos superamos diariamente e isso já é difícil para caramba.<br />
Tive a sorte de "descobrirem" minha condição física cedo.<br />
Alguns livros nos quais pesquisei para realizar um trabalho classificam minha deficiência como doença...NÃO, NÃO, NÃO. Não sou doente e nunca estive, o que tenho é uma consequência de uma lesão cerebelar que ocasionou as limitações que me acompanham desde que me entendo por gente. Já na infância consegui tratamento.<br />
Eu não uso bengala, já tenho dificuldade com duas pernas imagina com três, que dirá com quatro. Cadeira de rodas também não uso, só quando me acidento muito feio.<br />
As quedas ainda me acompanham, me orgulho em dizer que já são menos frequentes mas, isso não significa que elas não existam.<br />
Não tenho medo da morte pois, se pensarmos bem, pelo menos eu já pensei nisso, eu me desequiliro, já me machuquei em diversas situações, às vezes pouco, às vezes mais, um dia só pode ser um pouco mais do que o normal. Veja bem, tomo cuidado, até poque gosto muito de mim sabe hahaha, mas se vivermos sempre com medo, não sairíamos nem da cama. Pelo que me consta, quem nasce "diferente", dentro das suas possibilidades, tem suas escolhas para viver sua vida. Só procuro ser realista com a minha, tenho meus sonhos também sabe, meus planos, que procuro um jeito de concretizá-los, da melhor maneira possível sem me machucar, ou pelo menos não muito, se não tiver jeito.<br />
Só decidir que não iria deixar as minhas limitações me limitarem a ponto de desistir de fazer aquilo tudo que eu quero fazer, por mais que haja algumas dificuldades nisso, não vou deixar que isso se torne algo impossível para mim.<br />
<br />Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-24893812742762888932016-08-19T07:01:00.000-07:002017-01-17T15:33:17.481-08:00Acessibilidade...frustração por não terNossas ruas e calçadas estão longe de ter algum suporte para dar assistência a quem precisa. A questão da acessibilidade ainda é dos grandes problemas do século XXI. O simples direito de ir e vir acaba ficando debilitado por não haver, na maioria das vezes, lugares acesssíveis por onde se passar, sem ter maiores dificuldades, até chegar onde se deseja.<br />
A falta de acessibilidade, é uma vergonha dizer, também está presente nas instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas. Pessoas deficientes ou não, em todas as instalações, sem exceção, deveriam ter suportes necessários para receber qualquer pessoa.<br />
Por alguns lugares por onde passei pude notar que havia, por exemplo, o símbolo de acessibilidade para cadeirante na porta de um benheiro porém nao havia espaço para caber uma cadeira ali. Olhei aquilo perplexa e fiquei imaginando como caberia a cadeira ali; o quão frustrante não deve ser ter um lugar, teoricamente acessível para você, e na prática não ser assim.<br />
Em um escola, onde fui como visitante para um estágio, a intuição se dizia inclusiva e mista, com pessoas com deficiência e sem deficiência. Oba, é aqui mesmo que vou fazer meu trabalho! Aí, me deparei com a seguinte cena, por mais que a escola se propusesse a ser inclusiva, no meio do pátio da escola tinha uma escada grande. Perguntei como os alunos com cadeira de rodas ou que tenham algum tipo de mobilidade reduzida eram transportados para suas salas no andar de cima, e a resposta me chocou: carregamos! Como assim?! Aquilo me chocou pois quem possui algum tipo de limitação, já, involuntariamente e, na mioria dos casos, precisa de ajuda. Isso, às vezes, acaba desmotivando os alunos a irem a ecola. Salientando a Declaração de Salamanca, é necessário reformular todas as instituições para que possam receber a todos, a fim de facilitar o acesso. Não ter as condições necessárias que facilitem o acesso para a locomoção de quem tem algum tipo de mobilidade reduzida ou quem não tem nada pode causar frustração e, isso muitas vezes, é afetado na auto estima.<br />
Fiquei e fico observando, em todos os lugares que vou, locais que não tem acesso mas que teriam condições de ter. Prédios antigos que poderiam ser reformados, ruas e calçadas que poderiam ter mais espaço, mais condições para atender as especificidades de cada um.<br />
O discurso de inclusão é lindo mas na prática nao é bem assim. Claro que há exceções mas...<br />
Sou hoje o que acho que posso chamar de uma pessoa com uma deficiência invisível, ou quase invisível. Tenho mobilidade reduzida embora possa andar com ambas as pernas e não precise de nenhum aparelho para me locomover. Falo embora porque hoje, parece que infelizmente, temos que provar o que temos.<br />
Onde estudo hoje, já existem pédios que possuem elevadores e rampas mas, ainda é muito deficitário como outros prédios da mesma instituição não tem.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-10685270413245873122016-08-18T06:14:00.000-07:002020-07-04T06:30:00.164-07:00Efeitos do bullying na vida adulta<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Em todos os estudos que pesquiso para a faculdade, me deparo muito com bullying infantil e, no máximo até a adolescência. Mas nunca vi sobre bullying na vida adulta. Em um dos meus trabalhos, quero abordar esse outro aspecto desse tema, com base não só na minha vida mas também em um texto que li num site de psicologia. Sempre que vou fazer, construir, algum texto a partir de abordagens didáticas, tento combinar, como nesse caso, um pouco do que o texto fala usando minhas percepções combinada com minhas experiências. Bom... vamos lá!</span><br />
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<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Bully significa valentão e os efeitos psicológicos causados pelo bullying que ficam marcados na vida de uma pessoa podem perpetuar ao longo dos anos.</span></div>
<div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">O bullying é o reflexo de uma sociedade que ensina desde muito cedo a agir e a pensar conforme os padrões impostos, e quem não se encaixa é excluído. (uso a anologia de quem usa tênis All Star e quem não usa, em um grupinho que só usa All Star, quem tem outra marca de tênis não é permitido entrar no grupo) não é o melhor exemplo mas... "É o uso do poder"com intuito de intimidar, controlar os outros. Infelizmente, muitas pessoas tem ou tiveram vergonha ou medo mesmo de contar que sofrem ou já sofreram algum tipo de humilhação provindo do bullying.</span></div>
<div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Segundo a psicóloga Maria Tereza Maldonado, "quem pratica bullyng, normalmente já sofreu". Sinceramente, acho que em alguns casos é bem possível que um agressor tenha se tornado agressivo por conta de algum momento traumático na sua vida, já em outros casos não acho não. Em alguns casos, já lidos em artigos sobre isso, mostra que essa prática é muitas vezes imitada pelas crianças que observam seus parentes ou amigos "pondo em prática" esse hábito abominável e isso, muitas vezes transcende a fase da infância e adolescência e, se não tiver nenhum tipo de ajuda, pode vir a nos assombrar na fase adulta.</span></div>
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<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Me deparei com o bullying logo muito cedo e desde então isso tem sido uma espécie de constantes testes psíquicos quase que intermináveis.</span></div>
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<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Excluir uma pessoa porque ele/ela é diferente não é lá muito sábio, muito pelo contrário, é burrice. Todos nós somos diferentes, temos limitações diferentes. Vivemos em uma sociedade onde todo mundo julga todo mundo. A exclusão começa aí.</span></div>
<div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Um dos possível efeitos tardios do bullying seria a probabilidade de uma certa dificuldade de relacionamento, não importando de que ordem seja. "Já fui rechaçada uma vez, outra vez, agora já não acredito mais". </span><br />
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-18100122338494209122016-01-11T16:27:00.000-08:002016-01-11T16:27:02.588-08:00Contrato de convivênciaUm olhar diz muita coisa né? Pois é, machuca muito também. Tenho a impressão que te cerca de tudo quanto é lado. É cruel, desafiador, e até, um pouco assustador às vezes. Mas quando, de olhares passam para atitudes, falatório, aí muda muita coisa.<br />
Adjetivos negativos, "nomes têm poder e às vezes, e, sem querer, eles podem nos transformar nas criaturas que nos adjetivam". Podem mudar nossas vidas, deixando marcas, nos estigmatizando. Falo disso, de olhares dos quais me deparei a vida inteira e, sem querer me enganar, ainda vou ver muito deles por aí. Não dá para enganar, atitudes e blá, blá, blá não tem muito como escapar.!!! Intolerância, despreparo, insensibilidade, falta de informação, sei lá, não tem muito o que dizer dessas pessoas com olhares descarados que já seguiram e seguem tanta gente que é diferente.<br />
Ok. O diferente sempre existiu. Ninguém é igual a ninguém. Mas existe duas palavras que temos que sempre ter em mente: convivência e respeito.<br />
No primeiro ano da faculdade, fiz um contrato de convivência que, acredito que muitos devem levar isso para suas vidas. São três regrinhas básicas: a primeira regra básica para uma convivência no mínimo saudável é respeitar as particularidades e singularidades de cada pessoa; há também que saber ouvir, respeitando o espaço de cada um; e, para mim, é fundamental ser cordial e tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratado (a).<br />
Bom, sinto, senti e, muito provavelmente sentirei esses olhares "impetuosos" novamente. Ufa, você saber que seu jeito traz consequências, mesmo que não muito positivas para você, você se aceitar do jeito que é ,já é meio caminho andado para tantas outas "secadas' que estejam nos aguardando por aí.<br />
Durante anos desenhei olhos. Grandes, pequenos, expressivos, etc. Não tinha me atinado que, talvez fossem marcas das quais eu achava que devesse fugir minha vida toda. Mas, no final das contas, porque fugir mesmo?Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-39903448559092364332015-06-04T06:54:00.000-07:002015-06-04T06:54:49.449-07:00o preconceito nasce da onde?<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">Cada pessoa tem seu tempo. Tempo de crescer, de lembrar, esquecer, amadurecer. E, nosso tempo é diferente, varia de pessoa para pessoa.</span><br />
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px; text-align: center;">História se tornaram lembranças, que serão ou não contadas por gerações. Gerações estas que se diferenciarão de tantas outras já deixadas para trás. Intervalos de uma vida, de passados e presentes que nos levarão rumo ao futuro.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px; text-align: center;">Dúvidas existenciais continuarão a existir. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">Já caminhei por vários caminhos de mim mesma, cada cantinho. Deparei-me com minhas "cópias", versões de mim mesma ao longo dos tempos. Tenho meus limites, mas que não tem?! Conviver com eles é um desafio diário. Mas é esse desafio que nos faz, que me fez e ainda faz, continuar com a cabeça </span>erguida<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;"> para enfrentar sabe deus lá mais o que que encontremos na frente.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">Eu caio, tropeço, </span>desequilibro<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">, menos do que antes me alegro em dizer. Desafio a mim mesma e assim continuo fazendo de algum modo.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">Mas, devo confessar, ultimamente, um pensamento meio nebuloso eu suponho, tem me atormentado. A questão da inclusão, exclusão, preconceito, respeito as </span>diversidades<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">. O respeito as diversidades é muito bonito no papel, assim como a inclusão, na teoria, mas a coisa muda de figura quando colocamos na prática. É horrível vermos que ainda, em pleno século XXI, existam tantos discursos e práticas preconceituosas e atitudes desrespeitosas, </span>hostis<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;"> e ofensivas.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">Isso me faz pensar naquela pergunta que a anos escuto: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">Me pergunto isso porque, acredito que ninguém nasce com </span>preconceito<span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;"> contra algo ou alguém. Não é possível! Isso não vem junto com o cordão umbilical.</span></span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px;">
<span style="line-height: 21.2999992370605px; text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 22.7199993133545px;">Em que momento "nasce" o preconceito?</span></span></div>
Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-80365054124638668672015-02-21T18:14:00.000-08:002015-06-04T06:46:51.829-07:00Objeção<u>Atraso psicomotor</u><br />
Definição: atraso significativo em vários domínios do desenvolvimento.<br />
<br />
Já entendi, faz um tempinho que tenho isso e, provavelmente outros nomes assim também. Mas daí a concluirmos que minhas capacidades são ou serão tão limitadas assim, pera lá!! Isso para mim soa mais como um insulto do que qualquer outra coisa. Aprendo coisas diferentes a cada dia, sobre o mundo e sobre mim mesma. Agora, expressar minha opinião ou tentar conduzir um dialogo com alguém sem parecer "burra", isso já parte para ofensas, nem que sejam indiretas. Sei que tenho isso, aquilo, aquilo outro, que talvez, eu disse talvez, me atrapalhe de conversar direitinho e ter um raciocínio sobre algumas coisas, mas eu posso tentar como venho tentando a vida inteira, não precisamos salientar novamente das coisas que tenho e que podem interferir em mim.Sou perfeitamente capaz, talvez não do jeito que agrade mas, sou. E serei muito mais, isso eu garanto.<br />
Poxa sabe, isso machuca! Minha inteligência é diferente. Não sou do tipo que se interessa pelas coisas que a maioria das pessoas se interessam ou deveriam se interessar, mas nem por isso sou incapaz de obter uma conversa com ideias no mínimo inventivas. Isso não me torna menos capaz que ninguém.<br />
Cresço a cada a cada dia,tenho pensamentos novos, sensações e emoções um tanto quanto inexplicáveis. Me sinto estranha por diversas e inúmeras vezes. Já me senti fora do lugar. Penso assim, penso assado, as ideias vão se confundindo.<br />
Sou misturada, sou assim, me descobrindo, descobrindo meu próprio tempo de descobrir as coisas.<br />
Sou inteligente, sagaz, astuta, a minha maneira. Isso será uma ameaça ou um atestado de incompetência?<br />
Me regenero, do mundo, das palavras e olhares ofensivos que recebo até hoje, em casa, enfim, em todo lugar que eu vou.<br />
Todos temos a capacidade de aprender e, não acredito que eu seja diferente. Volto a dizer, minha inteligência, meu cérebro, pelo visto é diferente, não atua como muitas vezes sou cobrada. A constante comparação, mesmo que indireta, ainda me machuca. Cometário me fazem, perdão, me faziam, acreditar que eu fosse incapaz. Mas pera aí, eu cheguei onde cheguei né? Com ajuda, tá certo, mas também tenho minhas capacidade de fazer isso, aprender aquilo, aprender com erros. Poxa vida, minhas limitações podem fazer com que eu me atrase um pouco em vários aspectos, mas não que eu não possa conseguir. Não admitamos que não possa aprender, absorver, recomeçar. Comentários assim machucam, doem lá fundo.<br />
Não sei ao certo até onde posso ir, mas vocês também não. Me sinto subestimada e, francamente, não gosto da sensação. O mundo está mudando, a medicina também. Não estou dizendo com isso que posso tudo, até porque não é verdade, isso até eu sei, Mas, com tudo que já foi dito e atestado sobre mim, sim, a partir de tudo isso que já disseram ao meu respeito, realmente minhas capacidade se limitariam em muita coisa, até cognitivamente. Mas ora bolas, o cérebro tem mais capacidade de aprender coisas novas do que imaginamos, e eu também.Por exemplo, me diagnosticaram a anos atras, a partir daí fizemos várias intervenções com terapias, exames necrológicos, etc.<br />
Mas com eu disse, a medicina está mudando e, um diagnostico feito a não sei quantos anos pode ser mudado, afinal, tenho capacidade de me regenerar, de aprender, não sou mais aquela menina de antes. Estamos em mudança, TODOS, coisas são aprendidas diariamente. Tudo bem que comigo é um pouco diferente mas também posso mudar e aprender coisas novas, aprender com meus erros, porque não?<br />
Não podemos saber o que exigir de uma pessoa com ataxia cerebelar, ok, concordo e inclusive já li vários artigos sobre isso. É minha gente, tenho que saber, e ainda, gosto de saber, né. Mas, voltando ao assunto, assim como não dá para saber ao certo o que podemos ou não fazer, vocês acham justo simplesmente admitir que essa ou aquela pessoa não, de jeito nenhum, poderá viver sua vida, tendo consciência das sua limitações é claro, mas podendo fazer o que lhe agrada, sem ter alguém constantemente lembrando, colocando culpa na verdade, de tudo que você faz em sua "condição".<br />
Manifesto minha revolta todos os dias, não sou mais criança, tenho minhas limitações mas, ficar me lembrando disso não vai fazer com que as não tenha mais, tenho, sei que tenho, capacidade de me superar. Aprendi a fazer tudo que faço hoje, não foi? Por que não poderia aprender mais?Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-3457144829704563402014-12-19T08:24:00.003-08:002014-12-19T08:24:50.780-08:00Ônus e Bônus<br />
A vida é frágil, e curta. A vantagem de ser uma pessoa como eu, se é que isso é vantagem, é que sinto a vida, a minha e todos a minha volta, de uma maneira diferente, tenho um outro olhar para ela. Não digo que meu jeito de vê-la e senti-la seja certo ou errado, apenas diferentes das pessoas que me cercam.<br />
Dizem que não posso falar daquilo que não sei e, podem até estar certo, não sei. Mas de uma coisa tenho certeza, acho que devo falar do que estou sentindo e vendo.<br />
Algumas pessoas não sabem as oportunidades que a vida lhes dá, mesmo em situações ruins, há sempre um aprendizado a se tirar. Em um dia se está bem, no outro já não se sabe. A vida, essa vida que nos foi oferecida sem ao menos termos pedido, requer cuidados e atenção. Atenção ao que fazemos dela, as coisas que preservamos, ou não damos atenção. As relações que construímos ao logo do tempo, familiares ou não, nos tempo de adversidades deveríamos poder contar com o apoio de nossos familiares e/ou amigos, não acham? Pois bem, eis o que vejo: Muitas vezes deixamos o rancor e as desavenças falarem por nós e ficamos "cegos", impossibilitando de tomar atitudes sensatas.<br />
Felizmente ou infelizmente precisamos uns dos outros, apoiando quando precisa, seja com palavras de conforto ou materialmente. Desavenças não nos permite fazer tal coisa. Acham que dar o braço a torcer é sinal de fraqueza ou sabe deus mais o que.<br />
Agora, uma pergunta eu faço: se algum dia passarmos ou estejamos passando por momentos difíceis em que precisamos de todo carinho que podemos ter, com quem poderíamos contar de verdade?Deixaríamos nossas diversidades de lado por um bem maior?<br />
Em horas assim, acredito eu, deveríamos deixar de lado nosso orgulho, por mais difícil que seja, eu sei, deixar qualquer coisa que nos impeça de vermos claramente que a vida esta nos pedindo para nos atentarmos para coisas que precisam muito mais de nossa atenção.<br />
Eis o que peço para, se possível ainda esse ano e nos outros: por mais difícil que seja, para tentarmos cuidar bem da nossa vida e evitar e, se possível, impedir, que desavenças futuras nos ceguem a ponto de impedir-nos que ajudemos a quem precisar, família ou não.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-32597552132037814602014-03-24T15:29:00.001-07:002014-03-24T15:29:45.939-07:00Já passou...?Ok... EU tenho meus limites e não sei até onde eles vão. No começo eu nem sabia se eles iam a algum lugar e, acho que eu não era a única a achar isso.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikwFo_jcU_HntQ-14sDm7g_19ieWPrgXptuQRVEBtX0exOCZv_N7QipemJG7s0f3N9WHVHFEFmYQpGtAgljyHWU8AS3aZKBHawm5btmsSgEC6ProG8bP_VdKzs5EeQ9yhKGICoC2nOXdk/s1600/Z41apin.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikwFo_jcU_HntQ-14sDm7g_19ieWPrgXptuQRVEBtX0exOCZv_N7QipemJG7s0f3N9WHVHFEFmYQpGtAgljyHWU8AS3aZKBHawm5btmsSgEC6ProG8bP_VdKzs5EeQ9yhKGICoC2nOXdk/s1600/Z41apin.jpg" /></a></div>
A questão é: durante algum tempo eu achei, sinceramente, que poderia, se fuçasse bastante, descobrir o que teria causado essa...digamos, condição permanente. Eu sabia que não tinha, ou melhor, não tem cura para o que tenho. Mas mesmo assim eu achava que merecia, que tinha o direito, de saber, de ouvir uma explicação ou sei lá, para isso tudo. Aí, fui ao Sarah Kubitschek, achava que poderia descobrir algo lá. E, encontrou? Vocês me perguntariam. Não, só o que já haviam me dito várias e várias vezes. Mas eu não me dava por satisfeita, não me dava por vencida ainda, fui atrás mais uma vez e, iria quantas vezes fossem necessárias. Para a falar a verdade, nem sabia mais aonde ir. Te juro, talvez por querer saber mais ou por, sei lá mais o que eu estivesse sentindo, minha vontade era de ir em algum instituto ou sabe-se lá onde me oferecendo de cobaia e falar - Me estuda aí! Me ajuda a descobrir o que estou procurando. Estava disposta a ir a qualquer outro lugar se não encontrasse nenhuma resposta.<br />
Hoje, quer dizer, alguns anos depois do ocorrido, já não me importo mais. Mas prometi a mim mesma que o que não conseguisse de um jeito, tentaria de outro. Mas que nunca desistiria.<br />
Então, tenho vivido assim desde então. Claro que as perguntas, os questionamentos internos que tinha naquela época ainda estão vivos aqui comigo, guardados na mente, sendo reformulados dia após dia e passando por inúmeras avaliações. Minhas experiências também contam muito para o fato de hoje não me importar tanto.Tudo que vivi, mesmo com minhas quedas, e por tudo que já ouvi, hoje penso que a forma com que tenho tentado viver e minha forma de pensar hoje sobre tudo isso é muito mais amadurecida do que naquele tempo.<br />
Não é conformismo, até porque se tiver a possibilidade de ter mais novidades sobre o tema, poder estudar sobre, claro que vou querer saber. É que, já vivo assim a tanto tempo e, no que é possível sou feliz assim, que preciso focar em outros aspectos da minha vida que, bem ou mal, acabaram ficando em segundo pano.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-74646689343303831742014-01-03T05:48:00.000-08:002014-01-03T05:48:28.044-08:00Um dia ainda te pego Preciso enfrentar você, ainda não sei como nem quando mas preciso fazê-lo. Criar forças não sei de onde, a coragem que é necessária para te vencer.<br />
Devo confessar um coisa, só de olhar de frente, sabendo que vou precisar vencê-lo mais dia menos dia, dá um medo do caramba.<br />
Diariamente ou, nem tanto assim, medos vão tomando tamanha proporção que, quando você vê já pode ter virado um monstro bem maior que você.<br />
Não vai ser fácil, como não tem sido todos esses anos, mas tento ser mais forte que meus medos, minhas dificuldades. E se não for, tenho que criar, inventar para conseguir vencer de novo.<br />
Mas sabe, acho que tem que haver prioridades. Riscos que a primeira vista nos parecem desnecessários, outros, na maioria das vezes, já são inevitáveis correr.<br />
Já te enfrentei várias vezes mas, agora parece sempre aparecerem mais e maiores. Como todo mundo, tenho medo de me machucar, tá eu sei que no meu caso é meio que inevitável mas, não me sinto muito segura, mesmo tendo apoio de todos os lados.<br />
<br />Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-52329994280375692502013-11-29T16:23:00.000-08:002013-11-29T16:23:55.095-08:00Na real...Eu amei, desde o primeiro momento, na primeira fração de segundos. Te amei e ainda te amo.<br />
No instante em que te vi percebi que sentiria o que talvez nunca tivesse sentido antes. Pouco me importa seu jeito de ser ou de viver sua vida, escolhi você, escolhi amar você.<br />
Me dedico ao amor sem deixar outros aspectos da minha vida de lado. Acho muito válido focar na vida acadêmica e outras coisas importantes na nossa vida. Sei que a seriedade é necessária mas, levar tudo a ferro e fogo creio não ser uma solução muito lucrativa. Uma pitada de vida, meias palhaçadas e um pouco de espontaneidade tornam a vida mais agradável.<br />
Diferenças todo muito tem, momentos bons e ruins, fazem parte.<br />
Tenho que ser realista, em mim as diferenças, por mais que digam que não, cedo ou tarde acabem aparecendo e me afastam um pouco cada dia mais de quem amo ou um dia amei. Elas estão ai, dentro de mim, ou não tão dentro assim, estão impregnadas em mim, as vezes até nas vistas de todo mundo, dá para ver. Fazem parte de mim, de que sou e, hoje não tenho mais dúvida. de quem vou ser daqui em diante.<br />
Não me arrependo de nada do que fiz. Minhas escolhas me moldaram. Então, hoje vejo assim, bom...já que eu nasci assim, só vejo, por enquanto, duas opções, ou opto por viver me vitimizando e levo minha condição como uma depreciação, carregada por meus traumas e coisas negativas, ou, posso, como tenho tentado fazer, optar por, de certa forma, trazer algum lado positivo dessa minha realidade, levar isso ao meu favor e não contra mim, como muitas vezes fiz sem querer.<br />
Com relação a relacionamentos,de qualquer ordem, a probabilidade de sofrer é grande. A quem eu quero enganar, parte de ser assim como sou é ter que conviver com pessoas que dizem te aceitar, e até aceitam por um instante, mas é só passar por situações um tanto delicadas ou até constrangedoras para você realmente ver se a pessoa está com você ou não. Acredito que nem todos aquentam a pressão que deve ser namorar ou conviver com alguém diferente, mas está tranquilo, eu meio que já aceitei esse fato. Não só do tipo que muda por alguém, até porque te darei duas razões bem razoável : 1º não quero. gosto, aprendi a viver assim, aprendi a conviver comigo mesma; 2º eu nasci assim, tive que me aceitar de uma maneira ou de outra.<br />
Sou intensa em tudo que sinto e, na medida do possível demonstro. Não podemos controlar o que sentimos, podemos tentar mas acho que não teremos resultados positivos.<br />
Não se escolhe a quem se ama, quando vamos amar e, se vamos continuar amando ou não. "THIS KIND OS STUFF IS A LITLLE BIT TRICKY"<br />
Um coração partido doí, e muito. Mas não mata. Porque se matasse, eu morria e revivia várias vezes só para me matarem mais um pouquinho até não sobrar mais nada.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNaglBaeK78igoWX4mM2yG-SfbQlSQC7TZEg_W_CjJzfJtfCfbjWeRD1rCEjY-XVA3joG4d8s5txTcGvMW7ogG23Mw1f47ASOoc-5cw5PWjarw1fXO2qSr5isCjtaNQNdvt_B9HKfXXtI/s1600/meus+cora%25C3%25A7%25C3%25B5es.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNaglBaeK78igoWX4mM2yG-SfbQlSQC7TZEg_W_CjJzfJtfCfbjWeRD1rCEjY-XVA3joG4d8s5txTcGvMW7ogG23Mw1f47ASOoc-5cw5PWjarw1fXO2qSr5isCjtaNQNdvt_B9HKfXXtI/s400/meus+cora%25C3%25A7%25C3%25B5es.bmp" width="400" /></a>Sempre se espera que seja a última vez mas não é. Depois de tantos anos, creio que seria muita ingenuidade pensar que esse músculo involuntário não se partirá novamente. Pelo menos podemos torcer para que da próxima vez, já que parece ser inevitável, isso demore mais a acontecer. hehe<br />
<br />Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-19939509875859880972013-09-29T08:11:00.002-07:002013-09-29T08:11:58.790-07:00Memories...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Dd5X2sqXE3c?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Memórias aprisionadas, perdidas no tempo que nos faz uma visita de vez em quando.<br />
Nos sentimos idiota por deixar tal lembrança passar por nós. Muitas vezes, deixam marcas tão profundas que, por mais que o tempo passe, são difíceis de serem apagadas, esquecidas. Diria até quase impossível.<br />
Lembranças passadas podem atormentar o presente e o futuro. Viver como uma sombra, não nos deixando seguir em frente e virar a página.<br />
Em situações parecidas, o passado vem nos advertir: "Você já passou por isso, algo bem parecido, lembra? Já sabe o que acontece"<br />
Essa vozinha é cruel. Querendo a todo custo nos impedir de criarmos novas lembranças, temendo serem dolorosas, tanto quanto foram antes.<br />
Acho que não dá não é? Não tem como controlá-las, as lembranças, o que passamos estarão lá, sempre a espreita.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-53198448653348708262013-05-23T09:34:00.003-07:002013-05-23T09:34:54.051-07:00Cada um com seu cada qual...<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Sentimentos, ilusões, confusões, palhaçadas...São muitos, digamos "conflitos", em uma pessoa só. Ufa, as vezes fica difícil tentar decifrar a si mesmo. E, muitas vezes, por não darmos conta do que estamos sentindo, qual é o sentimento da vez, metemos os pés pelas mãos e a confusão toma conta. Não entendemos o que se passa conosco. Cada dia uma nova surpresa, "uma caixa de pandora". Não sabemos lidar com nossas confusões internas, isso não significa que não tentamos.</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Um vulcão está no corpo, é muita informação, um dia tudo explode e quem está por perto pode sofrer as consequências disso com você.</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Imaginemos um gráfico das coisas que estão dento da gente, não cabe tudo de uma vez. É</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXjWx7Qx5qfN_NUf2qt8narB2e7QCzVvw5UnGwtr90ppdNBglnmFo2e7OJfNN1zdOxVMBB1wVPm5VFQhoLJKmhsfKuSPyzmJCyiUlm6kOMSn6Exefb-wNPRyWdEy_eX3dsuX9PlNpoJ8c/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXjWx7Qx5qfN_NUf2qt8narB2e7QCzVvw5UnGwtr90ppdNBglnmFo2e7OJfNN1zdOxVMBB1wVPm5VFQhoLJKmhsfKuSPyzmJCyiUlm6kOMSn6Exefb-wNPRyWdEy_eX3dsuX9PlNpoJ8c/s400/Sem+t%C3%ADtulo.png" width="400" /></span></a><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">complicado armazenar tudo aí dentro e, para dar mais espaço, algumas coisas terão que se espremer, não necessariamente deixar de existir, mas ainda caber em um pedacinho não esquecido. Se pensarm</span><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">os bem, os sentimentos estão diretamente ou indiretamente ligados aos possíveis, bem possíveis, conflitos internos que nos acompanham nessa arte que é viver. Isso, essa mistura equilibrada ou desequilibrada geram crises existencialistas e ficamos ou nos sentimos inconstantes. </span><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Vejo
sentimentos muitas vezes sentidos, mas nem sempre identificados, daí a
confusão, que gera os temíveis ou não, conflitos internos. Conflito é bom, pois
gera reformas. Mas esses conflitos que geram, ou podem não fazer nada, kkk,
reformas podem causar o caos dentro de um ser humano até então
"inofensivo" causando dores infelizmente ou felizmente inevitáveis,
causando assim inúmeras circunstancias que podem, como na maioria das vezes,
ser catastróficas...</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">_
sei lá, acho que pessoas que se destroem com seus conflitos geralmente são
porque tem muito medo de amadurecer, de crescer.</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">É uma constante mutação,
constante metamorfose. </span><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Tudo
muda você, até o simples fato de uma noite ter tido um sonho, ou acordado num
lindo dia de sol. O que muita gente não sabe ou nem quer saber é que elas se
destroem sem nem ao menos perceberem, o sentimento, o amadurecimento está lá,
mas nem todo mundo percebe. Mas, creio eu, isso estar no corpo e na alma,
impregnados como um vírus, quando você menos esperar acontece e, nem sempre
estamos prontos para isso. Ás vezes, vai na marra mesmo kkk</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">_É
por isso que acho reflexão tão boa, para você ter pensado antes naquilo
que pode te mudar, para já ter um preparo da mente para algumas coisas, ser
decidido sobre algumas questões antes mesmo delas surgirem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Esse
momento reflexivo é ótimo, mas muita gente não conhece o caminho de uma reflexão,
ai a vida ensina. E ela não espera ninguém estar pronto, joga tudo no
ventilador kkk. A sensibilidade de percepção não é todo mundo que tem, auto
percepção, vem com o tempo ou simplesmente não vem. Tem quem passe a vida
inteira procurando entender certas coisas, e quando entendem, se entendem, pode
dar um nó na cabeça, que faz com que se percam ou façam coisas que não condizem
com a maneira delas, kkk (enfiar os pés pelas mãos kk).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Mas
essa "maneira delas" é muito relativa, pois todos temos potencial para ter esse tipo de reflexão, basta quereremos buscar isso ou não.
Ter potencial é uma coisa, a dificuldade de decifrar seus próprios
"enigmas" é outra coisa e as duas são bem distintas. Somos criaturas
com um monte de criaturinhas indecifráveis dentro de nos mesmos kkkk. Tem quem
goste de pegar as criaturinhas e investigar elas até não sobrar quase nada.
Mas nem todo mundo sabe fazer
isso né? Kkkk E, infelizmente, esse quase nada ainda é muito e, tem outra coisa,
quando você acha que não sobrou mais nada, vem mais uma pontinha que se torna
outra criaturinha kkkk.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Por
isso as pessoas deviam faz isso mais, momento reflexão, afinal, não dizem que com a prática vem a
perfeição, (acho meio balela isso, perfeição... chatice, mas...), elas vão conseguindo mais a cada dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Somos
seres com assuntos inacabados, como fantasmas daquelas histórias kkk, E, ainda por cima tem muita
coisa do subconsciente que não se entente né?, ai fica mais complicado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="color: purple; font-family: Times, Times New Roman, serif;">texto colaborativo, com agradecimentos especiais a um aspirante a escritor, Pedro Henrique Buson. Muito obrigada! </span></div>
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<br /></div>
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Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-12953198811440655362013-05-04T16:04:00.001-07:002013-05-05T06:03:30.389-07:00Sou assim sim, com muito orgulho. Prazer, eu sou....Começo me apresentando. "Olá, meu nome é....". A pessoa do outro lado olha, acha estranho e, sinceramente não me importo...mais. Sou assim mesmo, se não gosta, paciência. Não vou tentar fazer com que goste de mim ou me aceite ao seu lado. Cada um é cada um, certo? Certo, mas tem uma coisa da qual não abro mão, RESPEITO.<br />
Quer me conhecer? Ótimo. Vamos conversar Quer me julgar? Não é bacana, mas, me conheça primeiro e depois veja se sou tudo aquilo que pensou. Posso não ser como imaginam que eu deva ser, ou como esperam que eu seja talvez. Me ouça, não peço muito. Procuro sempre ser verdadeira a respeito de tudo mas, acima de tudo, dois pontos fundamentais para mim: meus sentimentos e quem sou, ou como sou.<br />
Eu "escolhi" a vida que levo. Como muita gente não sabe o que tenho, nem posso obriga-las a saber, e parece que tem medo de perguntar. Hoje em dia, quem quiser vir conversar comigo, não tenho problema nenhum em contar o porque eu sou desse ou aquele jeito. A única coisa que peço encarecidamente é, se não pode conviver comigo sem me olhar torto ou sentir vergonha, não sou o tipo de pessoa que obrigue ninguém a nada.<br />
Se sou como sou, tudo bem que posso ser um pouco exagerada, sou palhaça, brincalhona, meio moleca, etc. Gosto de ser assim e, aliás, conversando com amigos, resolvi dizer, depois de anos sem sequer me perguntarem, porque sou meio "doidinha", respondi e, respondo para quem se interessar, porque sou assim, ajo como ajo perante a vida como uma forma de compensação por algo que perdi ou acho que perdi.<br />
Hoje, sou mais ouvida, me sinto mais ouvida e ao mesmo tempo isso é tão a acolhedor. Quem me conhece, meus amigos, minha família e, aqueles que realmente se interessam por mim, de alguma maneira, vão me ouvir. Hoje, já não importa se fulano ou ciclano me ouvirão, o que acharão de mim. Chega! Eu quero ser essa...que, pessoas que convivem comigo conhecem, sabem, mesmo que mais ou menos, a minha história, como vivo minha vida.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigCVbvWT_ipQT3F-OiYzqoV1QnCzCCdQHjdswhsD3DWjTzgAmGtMxqw3Lzd7McpC_qo4iqMjVisfoy9olW6cI8-JhP0D47jEKd4igmaAEA017xsUJQAwOoaiFnr_uySB1_yC4pQmPGWxI/s1600/Imagem+2857.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigCVbvWT_ipQT3F-OiYzqoV1QnCzCCdQHjdswhsD3DWjTzgAmGtMxqw3Lzd7McpC_qo4iqMjVisfoy9olW6cI8-JhP0D47jEKd4igmaAEA017xsUJQAwOoaiFnr_uySB1_yC4pQmPGWxI/s320/Imagem+2857.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
Como diz a música "<span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; text-align: right;">I am what I am</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden; text-align: left;">
I am my own special creation</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden; text-align: left;">
So come take a look"</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden; text-align: left;">
<div style="font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden; text-align: left;">
</div>
<div style="font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden; text-align: left;">
Falo, claro, para quem quiser ouvir. Por exemplo, certa vez, sem me perguntarem nada, como de costume, perguntei: eu sei ser séria sim, mas sabe porque eu prefiro ser assim? Se você tiver tempo e paciência, eu te explico e, qualquer dúvida pode me perguntar. Entendo que deve ter gente com medo de perguntar e me machucar, mas os olhares e a maneira como vou ser tratada me machuca muito mais. </div>
<div style="font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 3px; overflow: hidden; text-align: left;">
A vida não é tão gentil assim, mas prefiro conversar e me machucar sabendo do que sem nada, um grande vazio. </div>
</div>
Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-75733856613878141232013-05-03T14:43:00.001-07:002013-05-03T14:43:35.972-07:00Eu e os outros "Eus"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieoDn7ttQkmDEzTX_A9w442_agBOCUJXHe-ubC0vP5yRDWSNEa1X6JreBiFdh8KF_gDb_ttHE4MAHjn0rqcbRsdrM1ayshPWZBEIua8KzHAP_Dd-3HDH8lJAORrJnR2p9Ow0wVTfnutWA/s1600/DSC_0019-1-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieoDn7ttQkmDEzTX_A9w442_agBOCUJXHe-ubC0vP5yRDWSNEa1X6JreBiFdh8KF_gDb_ttHE4MAHjn0rqcbRsdrM1ayshPWZBEIua8KzHAP_Dd-3HDH8lJAORrJnR2p9Ow0wVTfnutWA/s400/DSC_0019-1-1.jpg" width="273" /></a>Nos manifestamos como podemos. Conflitos são gerados a partir das manifestações humanas e como isso repercute no outro.<br />
Uma vida sem conflitos não existe. Conflituamos conosco mesmo e com o outro.<br />
Intervenções nem sempre são possíveis e, quando são, as consequências poderão ser catastróficas. A fuga seria quase impossível e a loucura bem próxima hehe. Quem está fora da situação pode até "ver uma luz no fim do túnel" e oferecer ou aconselhar uma saída. Mas dificilmente os envolvidos irão dar o braço a torcer.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs1fK-W81XULzw43dtPkyjoARfqLFgGerEqzmJsPB74JYMxrBSBh1phO2EWEScqClqEvFTWFz2H5NMtXOab8BnGVK3nw6bGUBgWevUQ4Y7Flo-PVT86hGAtLl_OzCDgMJOidROmx179bY/s1600/Janus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs1fK-W81XULzw43dtPkyjoARfqLFgGerEqzmJsPB74JYMxrBSBh1phO2EWEScqClqEvFTWFz2H5NMtXOab8BnGVK3nw6bGUBgWevUQ4Y7Flo-PVT86hGAtLl_OzCDgMJOidROmx179bY/s400/Janus.jpg" width="265" /></a>Quando o assunto é nós conosco mesmo, aí podemos até desabafar com outras pessoas, tentar encontrar caminhos com ajuda de algum profissional, talvez olhar para dentro de si mesmo, etc. Isso tudo pode ajudar, como em algums casos ajuda mesmo. Mas, a resposta final sempre estará com vocêJú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5649622122071751908.post-75955545336220835472013-04-28T18:41:00.002-07:002013-04-28T18:41:39.163-07:00Bom, Ruim ou...Assim, AssimA paixão é uma difusão turbulenta. Depois dessa área de turbulência podemos enxergar a presença ou a ausência de um envolvimento mais significativo. Intenso. Da alma.<br />
Amar é se envolver com prazer e dor.<br />
Para alguns, na minha opinião, o amor se tornou tão banal e o eu te amo tão insignificante, dito assim ao leu.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-eg0cn-bU_b0MyY2MIcj-odg0nojHlem39CYvzslsIE1NfmQA-3mlSF6CmTX0jUvE3yZUDI330WRBMYJIWAIy9gYnk-fKIDQBdYzus4p60HUbNKYaXyNwv0cXci7ZtV_P5S7lsyZWTU/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-eg0cn-bU_b0MyY2MIcj-odg0nojHlem39CYvzslsIE1NfmQA-3mlSF6CmTX0jUvE3yZUDI330WRBMYJIWAIy9gYnk-fKIDQBdYzus4p60HUbNKYaXyNwv0cXci7ZtV_P5S7lsyZWTU/s400/Sem+t%C3%ADtulo.png" width="400" /></a>Tenho medo de amar mas mais medo ainda tenho de não amar. Um sentimento tão estranho que corrói e acaba com tudo que tem lá dentro. E, as vezes, quando a gente acha que acabou com tudo de vez, aparece uma pontinha que pode acabar virando uma grande pontona hehhe<br />
Um psicanalista disse "as pessoas a trocar de parceiro sempre que impeçam de realizar seus desejos ou obriguem a diminuir o ritmo de vida".<br />
Nunca quis impedir que realizasse nada, pelo contrario, vou impulsionar nas suas grandes conquistas, afinal sinto muito orgulho de ver quem amo conquistando tudo que deseja, progredindo. E quanto a diminuir o ritmo de vida, é apenas preocupação por lavar uma vida, muitas vezes, muito atribulada.<br />
O amor, um relacionamento é uma via de mão dupla.Jú Maiahttp://www.blogger.com/profile/00650882940203518901noreply@blogger.com0