Nossa, faz tempo que não apareço por aqui né kk. Mas não pensem que não continuo escrevendo, na verdade, tenho alguns escritos que ainda não coloquei aqui e, para falar a verdade, alguns não sei se consigo colocar ainda kkk.
Semana passada e retrasada kkkk, comecei a escrever, a rascunhar, uma carta para mim mesma e por enquanto o que saiu foi isso aqui:👇
Para: Júlia
De:
ela mesma
Olá, sou eu... Quero te
dizer uma coisa. Várias para ser exata. Primeiro e provavelmente a mais
importante de todas: Vamos lá...respira e não pira! Como se diz no teatro, “eu
sou o que sou e já desfruto disso” Ufa! Já equalizamos isso né? Acho que nem tanto mas vamos indo né?!
Vou fazer 40 anos ano que
vem e algumas coisas, ok, várias, estão passando pela minha cabeça.... Assim
como todo mundo, tenho minhas inseguranças e receios, quanto a minha
deficiência, vontades e anseios, meus sentimentos (esses tenho de monte e dão
um medo danado), expectativas, mudanças, etc.... Enfim, está uma bagunça que
estou tentando organizar de pouquinho em pouquinho, vou tentar elucidar um
pouco aqui:
Uma coisa super, hiper,
mega, blaster importante e que precisa ser levado para o resto da sua vida é
que sua deficiência faz parte de você, ela não é você. Sou mais que isso! Já
falei isso e vou falar de novo, me descubro a cada dia e, pode ser uma aventura
prazerosa ou não mas faz parte né. Não posso acordar um dia e falar – vou
deixar meu equilíbrio em casa - simplesmente não é assim que funciona.
Bom,
quem me conhece sabe que sou romântica ou “emocionada” se preferirem chamar
assim. Não ligo, sou assim mesmo, só que, confesso que algumas coisas andam me
incomodando por assim dizer. Olha só, sou assim: Não sou pela metade, quando
gosto vou dizer e se tiver alguma questão para resolver gostaria que falasse ao
invés de se afastar mesmo parecendo muito difícil. Intensidade faz parte de mim
e sei que isso nem sempre é bom, se entrega ao sentimento que está sentindo na
hora e nem sempre se resguarda. Sou de escrever o que estou sentindo caso não
consiga falar. Gosto de reciprocidade, lealdade e, como diz o ditado, “não faça
com os outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você”.
Sei que a vida nem sempre
foi gentil e, por mais que ouça “já passou”, ainda machuca um pouco né?! Espero
que a cada dia machuque menos. É meio clichê mas acredito que depois que
passamos por algumas coisas desagradáveis, eventualmente e, às vezes com um
pouquinho de ajuda, esses machucados acabam cicatrizando. Não falo das
cicatrizes corporais, essas talvez sejam mais fáceis de “curar”. Me refiro
aquelas que calam fundo, que podem causar um dano maior.
É difícil né?
Dói e às vezes fica
dolorido ainda por um tempo
Já ouvir dizer que
“o tempo cura todas as feridas” ... Curar eu já não sei mas a tendência é
melhorar, ir diminuindo a dor, pelo menos esse é o ideal né?
Outra
coisa, a vida nem sempre é como a gente quer, aliás, a vida não tem esse hábito,
nem a vida e nem as pessoas. Criamos umas expectativas bestas, até quando
dizemos que não estamos, isso na minha opinião já é uma expectativa.
Você
tende a ver tende a ver o lado bom das pessoas, tenta, pelo menos. Uma vez já
me falaram o seguinte: você não pode esperar das pessoas aquilo que elas não
podem te dar. Muito verdade isso e, doido também pois pensamos que determinada
pessoa é uma coisa e depois se mostra outra completamente diferente. Mas quando
a pessoa já te mostra como ela (ele) é, mesmo que demore, você já está
preparada e aí que não espera mesmo nada daquela pessoa.
Acho que, infelizmente, sou uma pessoa que
demora a se desapegar mas também acredito que hoje em dia quando consigo
desapegar, não adianta mais me procurar.... Será Júlia??