sábado, 23 de novembro de 2024

quase 40....

 Nossa, faz tempo que não apareço por aqui né kk. Mas não pensem que não continuo escrevendo, na verdade, tenho alguns escritos que ainda não coloquei aqui e, para falar a verdade, alguns não sei se consigo colocar ainda kkk.

Semana passada e retrasada kkkk, comecei a escrever, a rascunhar, uma carta para mim mesma e por enquanto o que saiu foi isso aqui:👇

Para:  Júlia

De: ela mesma

Olá, sou eu... Quero te dizer uma coisa. Várias para ser exata. Primeiro e provavelmente a mais importante de todas: Vamos lá...respira e não pira! Como se diz no teatro, “eu sou o que sou e já desfruto disso” Ufa! Já equalizamos isso né?  Acho que nem tanto mas vamos indo né?!

Vou fazer 40 anos ano que vem e algumas coisas, ok, várias, estão passando pela minha cabeça.... Assim como todo mundo, tenho minhas inseguranças e receios, quanto a minha deficiência, vontades e anseios, meus sentimentos (esses tenho de monte e dão um medo danado), expectativas, mudanças, etc.... Enfim, está uma bagunça que estou tentando organizar de pouquinho em pouquinho, vou tentar elucidar um pouco aqui:

Uma coisa super, hiper, mega, blaster importante e que precisa ser levado para o resto da sua vida é que sua deficiência faz parte de você, ela não é você. Sou mais que isso! Já falei isso e vou falar de novo, me descubro a cada dia e, pode ser uma aventura prazerosa ou não mas faz parte né. Não posso acordar um dia e falar – vou deixar meu equilíbrio em casa - simplesmente não é assim que funciona.

Bom, quem me conhece sabe que sou romântica ou “emocionada” se preferirem chamar assim. Não ligo, sou assim mesmo, só que, confesso que algumas coisas andam me incomodando por assim dizer. Olha só, sou assim: Não sou pela metade, quando gosto vou dizer e se tiver alguma questão para resolver gostaria que falasse ao invés de se afastar mesmo parecendo muito difícil. Intensidade faz parte de mim e sei que isso nem sempre é bom, se entrega ao sentimento que está sentindo na hora e nem sempre se resguarda. Sou de escrever o que estou sentindo caso não consiga falar. Gosto de reciprocidade, lealdade e, como diz o ditado, “não faça com os outro aquilo que você não gostaria que fizessem com você”.

Sei que a vida nem sempre foi gentil e, por mais que ouça “já passou”, ainda machuca um pouco né?! Espero que a cada dia machuque menos. É meio clichê mas acredito que depois que passamos por algumas coisas desagradáveis, eventualmente e, às vezes com um pouquinho de ajuda, esses machucados acabam cicatrizando. Não falo das cicatrizes corporais, essas talvez sejam mais fáceis de “curar”. Me refiro aquelas que calam fundo, que podem causar um dano maior.

É difícil né?

Dói e às vezes fica dolorido ainda por um tempo

Já ouvir dizer que “o tempo cura todas as feridas” ... Curar eu já não sei mas a tendência é melhorar, ir diminuindo a dor, pelo menos esse é o ideal né?

 

Outra coisa, a vida nem sempre é como a gente quer, aliás, a vida não tem esse hábito, nem a vida e nem as pessoas. Criamos umas expectativas bestas, até quando dizemos que não estamos, isso na minha opinião já é uma expectativa.

Você tende a ver tende a ver o lado bom das pessoas, tenta, pelo menos. Uma vez já me falaram o seguinte: você não pode esperar das pessoas aquilo que elas não podem te dar. Muito verdade isso e, doido também pois pensamos que determinada pessoa é uma coisa e depois se mostra outra completamente diferente. Mas quando a pessoa já te mostra como ela (ele) é, mesmo que demore, você já está preparada e aí que não espera mesmo nada daquela pessoa.

 Acho que, infelizmente, sou uma pessoa que demora a se desapegar mas também acredito que hoje em dia quando consigo desapegar, não adianta mais me procurar.... Será Júlia??

Nenhum comentário:

Postar um comentário