Olá, meu nome é Júlia, tenho 23 anos e vou compartilhar com vocês um pouco de minhas histórias.
Desde criança tive que superar limites, pois muito cedo descobri que os meus eram maiores do que os das outras pessoas. Minha mãe sempre me disse que justamente por isso eu preciso me empenhar mais do que os outros. Que saco! Eu fico puta com isso! Mas no fundo sei que é verdade.
O que eu mais gostava de fazer quando eu era criança era brincar de carrinho e de queda de braço. Na queda de braço, ganhei dos homens e das mulheres. (olha como eu sou forte). Ainda bem que não era queda de perna, senão, eu tava frita. Rs. Mas, se tivesse um concurso de quem mais caí à toa, eu seria a grande vencedora. Mas naquela época, a moda era se manter de pé o máximo de tempo possível. Alias, acho que essa moda não mudou muito, por isso, eu sou assim, digamos, an-fachion! Rs.
Mas, isso não me incomoda muito. Pelo menos não agora. Porque quando eu era pequena e via as meninas patinando, voando leves, lépidas e fagueiras, a minha vontade era de pegar um estilingue e alvejar aquelas “pombas voadoras”. Pois quando tentei ser uma delas, caí de bunda no chão e, tive que passar uma semana com um travesseiro amarrado na bunda.
Desde pequena sempre quis ser independente e dirigir um carro vermelho conversível, seria um máximo! Cheguei a cogitar um carro adaptado, mas me disseram que eu não tenho coordenação motora e que sairia batendo em tudo quanto é poste. Mal sabem eles que meu avô me ensinou muito bem. Afinal, no carrinho bate-bate do parque eu nunca bati. Rs.
Os cavalos também sempre foram meus aliados, afinal eles têm quatro pontos de apoio e são lindos. Eu fiz amizade com vários deles, de todas as cores, tamanhos e sexos. Eles me ensinaram a ser um pouquinho mais equilibrada. Bom, se é que isso é possível, como vocês estão vendo. Mas eu até ganhei em 1º lugar no trote em uma competição de passo, ou seja, uma caminhada, mas rápida. Na última hora, mudaram a modalidade e, mesmo assim eu ganhei. É claro que depois, de emoção com o prêmio, acabei caindo, para variar, de bunda no chão. Coitada da bunda! Meu pára-choque. É por isso que dizem que ela é grande. Deve ser por tantas quedas. Rs.
Hoje, eu sou uma mulher. Já amei, já odiei e, busco novas experiências. Sou diferente sim, mas, vivo as mesmas vontades de todo mundo.
Gosto de crianças. Será que um dia poderei ser mãe, ter uma criança em meus braços?
Será que algum dia vou encontrar um homem que não tenha vergonha de mim? Meu pai teve. Espero que meu homem, que ainda vai chegar, eu tenho fé, não seja como ele.
Mas será que vou poder carregar meu filho no ventre sem cair? E no colo? Eu amo crianças. Meus primos e, até mesmo os desconhecidos. Mas eu posso trabalhar com eles, diverti-los, como nas festas.
Afinal, é por isso que estou na faculdade de artes e, fazendo essa performance aqui para vocês.
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