sexta-feira, 7 de maio de 2010

MINHA PAIXÃO...

Eu adoro dançar. A dança é um momento só meu, onde posso me "libertar", sentir meu corpo, minhas possibilidades. Tudo bem que nem sempre posso dançar como gostaria.
As vezes sonho que estou dançando num lindo vestido e usando salto alto, que é uma coisa que não posso usar. Quando estou dançando sozinha no meu quarto e fecho os olhos, é como se não tivesse deficiência nenhuma, não tenho medo de cair nem de machucar ninguém.
Quando comprei meu vestido de formatura pensei, vai ser o máximo sair com essa roupa e dançar como eu havia feito no meu sonho. Só que em vez de ser preto, era vermelho, RS. Mas tudo bem.
Eu sei que tem coisas que eu não posso nem poderei fazer, mas como não posso realizá-los na vida real...
É um momento mágico para mim, esqueço por um segundo que lá fora tem gente que fala o tempo todo: Júlia, você não tem condições de fazer isso ou, você pode se machucar com aquilo.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Escolhas que fiz na vida!

Não escolhi nascer assim e, até alguns anos atrás, sempre me perguntava o porque. Mas depois, comecei a reparar como algumas pessoas olhavam para mim e comentavam, fazendo muitas vezes comentários grosseiros. Decidir que a partir da li eu não ia mais me importar com o que dizem de mim. Claro que incomoda, mas o que posso fazer.
Já chegaram para mim e falaram que eu estava bêbada, doidona, etc. já disseram tanta coisa... Já aconteceu até quando eu estava junto com um pessoal que também é deficiente e, meus colegas da escola me perguntaram o que estava fazendo com esse pessoal "doido" (foi o termo que eles usaram) Eu respondi, educadamente, que fazia parte daquele grupo. E ainda completei, se não quiserem mais andar comigo na escola, eu entendo, aliás, não entendo não, porque esses "doidinhos" como vocês falam são pessoas como qualquer um de vocês e merecem nosso respeito.
Eu escolhi não ser um dos colegas, que só porque vêem pessoas diferente deles, acham que podem sair por aí humilhando e agredindo. Escolhi o respeito as diferenças, escolhi a não viver com medo de sair de casa por causa de pessoas que se acham no direito de fazer essas PALHAÇADAS de muito mau gosto com os outros.
Hoje, não ligo, nem dou atenção a quem me chama das coisas que me chamavam antes. Não importa.
Mas outras pessoas como eu, infelizmente ainda não descobriu a sua própria força (sem ser bruta) para fazer com que esses comentários se tornem só uma voz insignificante.
Tenho orgulho de ser como sou e, não tenho medo de dizer, como nós dizemos no teatro, antes de entrar no palco, EU DOU O QUE SOU E JÁ DESFRUTO DISSO!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Turbilhão de pensamentos...

Às vezes nem eu mesma sei como me sinto. Tantos sentimentos confusos, pensamentos que parecem se perder em uma tempestade de emoções.

Meus dias sempre foram "apaixonados". Fui, sou e sempre serei uma mulher apaixonada. Apaixonada pela vida, pelos meus amigos queridos, minha familia complicada RS (mas qual não é)! E quem sabe, apaixonada por um grande amor...E, acima de tudo...o amor, todas as formas de amar.

Um amor sem restrições, sem preconceito, seja de que tipo for, amor que protege mas que não sufoque, que seja sincero, gentil.

Hoje, dou muito valor à vida que tenho (mesmo que às vezes não parece, pois sou muito reclamona). Mas sempre que estou em casa sozinha, penso nas coisas que queria ter feito e não fiz, falado e não falei. Coisas que fazem com que você reflita sobre você mesma, sobre sua vida, etc. Sou incondicionalmente amante do amor. Isso é o valor mais precioso da minha vida.

Tenho minhas frustrações também, por isso escrevo, penso, reflito. Pensamentos que às vezes não me deixam em paz, que parecem me consumir de uma forma que não sei explicar. Pensamentos bom ou ruins.

É, acho que preciso me tratar, de alguma forma.. Não sei se sou normal, ou só confusa mesmo!RS