sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Acessibilidade...frustração por não ter

Nossas ruas e calçadas estão longe de ter algum suporte para dar assistência a quem precisa. A questão da acessibilidade ainda é dos grandes problemas do século XXI. O simples direito de ir e vir acaba ficando debilitado por não haver, na maioria das vezes, lugares acesssíveis por onde se passar, sem ter maiores dificuldades, até chegar onde se deseja.
A falta de acessibilidade, é uma vergonha dizer, também está presente nas instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas. Pessoas deficientes ou não, em todas as instalações, sem exceção, deveriam ter suportes necessários para receber qualquer pessoa.
Por alguns lugares por onde passei pude notar que havia, por exemplo, o símbolo de acessibilidade para cadeirante na porta de um benheiro porém nao havia espaço para caber uma cadeira ali. Olhei aquilo perplexa e fiquei imaginando como caberia a cadeira ali; o quão frustrante não deve ser ter um lugar, teoricamente acessível para você, e na prática não ser assim.
Em um escola, onde fui como visitante para um estágio, a intuição se dizia inclusiva e mista, com pessoas com deficiência e sem deficiência. Oba, é aqui mesmo que vou fazer meu trabalho! Aí, me deparei com a seguinte cena, por mais que a escola se propusesse a ser inclusiva, no meio do pátio da escola tinha uma escada grande. Perguntei como os alunos com cadeira de rodas ou que tenham algum tipo de mobilidade reduzida eram transportados para suas salas no andar de cima, e a resposta me chocou: carregamos! Como assim?! Aquilo me chocou pois quem possui algum tipo de limitação, já, involuntariamente e, na mioria dos casos, precisa de ajuda. Isso, às vezes, acaba desmotivando os alunos a irem a ecola. Salientando a Declaração de Salamanca, é necessário reformular todas as instituições para que possam receber a todos, a fim de facilitar o acesso. Não ter as condições necessárias que facilitem o acesso para a locomoção de quem tem algum tipo de mobilidade reduzida ou quem não tem nada pode causar frustração e, isso muitas vezes, é afetado na auto estima.
Fiquei e fico observando, em todos os lugares que vou, locais que não tem acesso mas que teriam condições de ter. Prédios antigos que poderiam ser reformados, ruas e calçadas que poderiam ter mais espaço, mais condições para atender as especificidades de cada um.
O discurso de inclusão é lindo mas na prática nao é bem assim. Claro que há exceções mas...
Sou hoje o que acho que posso chamar de uma pessoa com uma deficiência invisível, ou quase invisível. Tenho mobilidade reduzida embora possa andar com ambas as pernas e não precise de nenhum aparelho para me locomover. Falo embora porque hoje, parece que infelizmente, temos que provar o que temos.
Onde estudo hoje, já existem pédios que possuem elevadores e rampas mas, ainda é muito deficitário como outros prédios da mesma instituição não tem.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Efeitos do bullying na vida adulta

Em todos os estudos que pesquiso para a faculdade, me deparo muito com bullying infantil e, no máximo até a adolescência. Mas nunca vi sobre bullying na vida adulta. Em um dos meus trabalhos, quero abordar esse outro aspecto desse tema, com base não só na minha vida mas também em um texto que li num site de psicologia. Sempre que vou fazer, construir, algum texto a partir de abordagens didáticas, tento combinar, como nesse caso, um pouco do que o texto fala usando minhas percepções combinada com minhas experiências. Bom... vamos lá!
Bully significa valentão e os efeitos psicológicos causados pelo bullying que ficam marcados na vida de uma pessoa podem perpetuar ao longo dos anos.
O bullying é o reflexo de uma sociedade que ensina desde muito cedo a agir e a pensar conforme os padrões impostos, e quem não se encaixa é excluído. (uso a anologia de quem usa tênis All Star e quem não usa, em um grupinho que só usa All Star, quem tem outra marca de tênis não é permitido entrar no grupo) não é o melhor exemplo mas... "É o uso  do poder"com intuito de intimidar, controlar os outros. Infelizmente, muitas pessoas tem ou tiveram vergonha ou medo mesmo de contar que sofrem ou já sofreram algum tipo de humilhação provindo do bullying.
Segundo a psicóloga Maria Tereza Maldonado, "quem pratica bullyng, normalmente já sofreu". Sinceramente, acho que em alguns casos é bem possível que um agressor tenha se tornado agressivo por conta de algum momento traumático na sua vida, já em outros casos não acho não. Em alguns casos, já lidos em artigos sobre isso, mostra que essa prática é muitas vezes imitada pelas crianças que observam seus parentes ou amigos "pondo em prática" esse hábito abominável e isso, muitas vezes transcende a fase da infância e adolescência e, se não tiver nenhum tipo de ajuda, pode vir a nos assombrar na fase adulta.
Me deparei com o bullying logo muito cedo e desde então isso tem sido uma espécie de constantes testes psíquicos quase que intermináveis.
Excluir uma pessoa porque ele/ela é diferente não é lá muito sábio, muito pelo contrário, é burrice. Todos nós somos diferentes, temos limitações diferentes. Vivemos em uma sociedade onde todo mundo julga todo mundo. A exclusão começa aí.
Um dos possível efeitos tardios do bullying seria a probabilidade de uma certa dificuldade de relacionamento, não importando de que ordem seja. "Já fui rechaçada uma vez, outra vez, agora já não acredito mais".