sábado, 2 de agosto de 2025

O que é?

O que falar de você? “sai da minha aba, sai para lá”? kkk Você às vezes tem a péssima mania de tentar vir à tona a todo custo nas nossas vidas né, parece uma espécie de montanha russa emocional que, mesmo parecendo que vamos conseguir te superar -- às vezes não por completo, mas ameniza, -- bum!...Você volta a atormentar e, por uma fração de segundo já voltamos a nos sentir, sei lá como estávamos antes. Por vezes, a convivência com certos sentimentos se torna um exercício constante de autoconhecimento. É como se dentro de nós habitassem múltiplas versões, algumas acolhedoras e outras tão densas que preferimos guardar à distância. Reconhecer o que nos faz bem e o que nos afasta do nosso próprio eixo é um processo difícil, mas necessário para preservar a saúde emocional.

Tem uma parte de você que quero na minha vida, outra já não me interessa. Prefiro que essa parte tóxica e desmotivadora fique longe de mim. Embora seja importante te ter por perto, até para sobrevivência, tem horas que não quero te ver, que dirá sentir. Às vezes, sua ausência é mais benéfica, tem momentos que sair de cena é melhor, atrapalha sabe, então, por favor, me deixa em paz. Não estou dizendo que não seja necessário, mas convivo com essa insegurança a tanto tempo, em tantos momentos que talvez tenha sido melhor não ter tido sua presença.

Essa experiência interna se reflete também nas relações com o mundo exterior. Às vezes me pergunto em que momento você se tornou tão presente, tão insistente em habitar os intervalos do meu pensamento. Talvez tenha se alimentado dos silêncios que deixei, das dúvidas que guardei sem coragem de expor. Hoje, percebo que não preciso mais ser seu refém. Não vou fingir que é simples; tem dias em que a lembrança de você pesa, e em outros, quase desaparece entre as pequenas conquistas cotidianas. Aprendi que posso escolher a qual voz interna darei ouvidos. Se for para me acompanhar, que seja como aprendizado e não como obstáculo, porque há uma vida inteira me esperando além dessa velha montanha russa de altos e baixos emocionais e decido, daqui para frente, que o controle do percurso é meu.

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