O
que falar de você? “sai da minha aba, sai para lá”? kkk Você às vezes tem a
péssima mania de tentar vir à tona a todo custo nas nossas vidas né, parece uma
espécie de montanha russa emocional que, mesmo parecendo que vamos conseguir te
superar -- às vezes não por completo, mas ameniza, -- bum!...Você volta a
atormentar e, por uma fração de segundo já voltamos a nos sentir, sei lá como
estávamos antes. Por vezes, a convivência com certos sentimentos se torna um
exercício constante de autoconhecimento. É como se dentro de nós habitassem
múltiplas versões, algumas acolhedoras e outras tão densas que preferimos
guardar à distância. Reconhecer o que nos faz bem e o que nos afasta do nosso
próprio eixo é um processo difícil, mas necessário para preservar a saúde
emocional.
Tem
uma parte de você que quero na minha vida, outra já não me interessa. Prefiro
que essa parte tóxica e desmotivadora fique longe de mim. Embora seja
importante te ter por perto, até para sobrevivência, tem horas que não quero te
ver, que dirá sentir. Às vezes, sua ausência é mais benéfica, tem momentos que
sair de cena é melhor, atrapalha sabe, então, por favor, me deixa em paz. Não
estou dizendo que não seja necessário, mas convivo com essa insegurança a tanto
tempo, em tantos momentos que talvez tenha sido melhor não ter tido sua
presença.
Essa
experiência interna se reflete também nas relações com o mundo exterior. Às
vezes me pergunto em que momento você se tornou tão presente, tão insistente em
habitar os intervalos do meu pensamento. Talvez tenha se alimentado dos
silêncios que deixei, das dúvidas que guardei sem coragem de expor. Hoje,
percebo que não preciso mais ser seu refém. Não vou fingir que é simples; tem
dias em que a lembrança de você pesa, e em outros, quase desaparece entre as
pequenas conquistas cotidianas. Aprendi que posso escolher a qual voz interna
darei ouvidos. Se for para me acompanhar, que seja como aprendizado e não como
obstáculo, porque há uma vida inteira me esperando além dessa velha montanha
russa de altos e baixos emocionais e decido, daqui para frente, que o controle
do percurso é meu.
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