quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Mundo estranho com gente esquisita

O mundo não é meu inimigo, mas em certos momentos me dá uma puta vontade de gritar: QUE MERDA VOCÊS ESTÃO FAZENDO?
Eu não entendo e, sinceramente, por mais que seja importante, algumas coisas eu perco o interesse e a vontade de entender.
Já me perdi, me confundi, me decepcionei. Mas tem coisas boas também. Tudo tem dois lados, nada é só ruim nem nada é só bom.
Aí, nesse meio tempo, vemos pessoas indo e vindo, se indispondo uns com outros, brigando com a vida,"batendo a cara na parede". E tudo isso para que?
Mundo estranho com gente esquisita, onde quando não se tem o que quer ou, do jeito que se quer, pessoas podem até matar por isso. Um briga com outro e vira uma tremenda confusão. É tudo muito errado, esquisito.
Vivemos em um mundo onde uma história que tem tudo para ser feliz acaba se tornando triste porque, de vez em quando, vai ter um filho da puta que vai tentar tirar vantagem de você, te enganar, e sei lá mais o que.
Não sei se ser como eu sou é uma qualidade ou um defeito mas, parece que nunca é o bastante né?
Não se nasce com um manual de instrução e nem bula. Às vezes sinto como se estivesse sendo punida por ser como sou.
Sinto tudo com muita intensidade, confesso que isso me perturba. Não sei o que fazer e nem como agir. Me sinto diferente. Sou diferente. Às vezes nem sei mais quem sou, onde me encontro. Sou limitada, não no sentido de não poder fazer as coisas, muito pelo contrário, faço o que posso e como posso, mas as limitações das quais falo acho que são menos físicos e agora acho que são mais psíquicas. Não sou burra, entendo o que me dizem, só tenho, digamos, uma percepção das coisas acho que meio fora do "normal". Sei que a culpa não é minha e isso me deixa muito triste, pois sei que já sou uma pessoa vulnerável por ser mulher e deficiente.
Mas sinto julgada constantemente, como se estivessem mil olhos sobre mim, além dos que realmente me cercam, só esperando qual é a próxima burrada que vou fazer. Já me sinto muito diminuída.
Assim como todo mundo, tenho meu próprio tempo e jeito de lidar com as coisas. Já disseram que tenho uma percepção peculiar, mas não falaram isso de um jeito bom, soou tão negativo quando foi dito. PUTA QUE PARIU! Ninguém sente do mesmo jeito, não se se vê do mesmo jeito e, certamente não se percebe do mesmo jeito.
Porque tudo tem que ser tão negativo? Se eu percebo diferente de você, não estou errada e nem certa, precedo e enxergo outras possibilidades e/ou oportunidades além da sua, vejo outras maneiras que não sejam só a sua. A vida apresenta uma determinada coisa para você e isso é processado por você de um jeito, já para mim são de vários jeitos diferentes e, escolho o melhor para mim, o que funciona melhor que, possivelmente não vai ser o melhor jeito para um bando de gente.
Peculiaridade pode ser uma coisa boa também. Sei que o exemplo pode não ser muito bom mas, vai lá...a moeda não tem seus dois lados? Não existe Ying e o Yan?
E como diz a peça: a vida pode ser boa, ruim ou...assim assim.

5 comentários:

  1. Estimada Julia,

    Veja bem,

    Você já é linda, querida e admirável, independentemente da opinião alheia. O povão é ignorante. A maioria é burra. E, o diferente - de uma maneira ou de outra - assusta. A turba vulgar têm medo da verdade. Foge dela que nem o diabo foge da cruz. A maioria prefere sempre a normalidade, a adequação, o ajustamento. Você, nesse sentido, é um exemplo de vida para mim. Siga em frente... Sem medo de ser feliz. Os que acaso lhe criticam - talvez - estão sofrendo com suas normalidades confortáveis bem mais do que você que enfrenta corajosamente a realidade que lhe circunscreve. Você é e será o que quiser. A opinião alheia em certos casos é totalmente dispensável. Viva a vida, sempre, assim como você faz, e dê, na medida do possível, menos atenção e relevância aos ignóbeis e obnubilados. Eu e Christina amamos você. Do jeitinho que você é. Não sabemos se isso significa algo para você, mas saiba que a admiramos de coração.

    Axé!

    Alexandre e Christina.

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